Presbíteros e Diáconos; Chamados Para Servir
Presbíteros e Diáconos; Chamados Para Servir
Jo. 15:16 a 27; Atos 6: 1 a 7; 1ª Cor. 12:12 a 28; Ef; 4:11; Tito 1:5
Falando sobre o santo ministério e o serviço dos crentes, o apóstolo Paulo
diz que “a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de
Cristo, com vistas ao aperfeiçoamento, para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo”.
(Efésios 4:7 a16)
. Quem tem uma chamada para um
serviço recebe os dons necessários, conforme Atos 6:1/7; 2ª Cor. 12:28; 1ª Tim.5:15;
Tito 1:5. Deus nos concede dons e ministérios visando a edificação e o crescimento
do corpo de Cristo, que é a Igreja. Isso Jesus deixa bem claro: “Não foram vocês que
me escolheram; pelo contrário, fui Eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que
esse fruto não se perca”
(João 15:16)
. Jesus disse, também, que não veio ao mundo para
ser servido, mas para servir. Ainda que em uma contradição de termos, Ele é o
Senhor-
Servo
. Aquele que pela Sua própria natureza tem prerrogativas para exigir de todos
nós total e completa submissão, mas que realiza Seus propósitos no mundo, esvaziando-
se de Sua glória, deixando o Seu assento à destra do Pai para vir em nosso socorro,
para caminhar ao nosso lado, para ouvir o nosso clamor,
para curar as nossas feridas.
Percebe-se pelas narrativas dos evangelhos que já nos dias de Jesus havia, entre os
Seus discípulos, uma disputa para saber quem seria o maior. Aparentemente eles estavam
contaminados por este mal que ainda hoje prejudica a obra do Senhor nas igrejas; a
ânsia por reconhecimento por serem melhores, mais antigos na igreja, carência de elogios,
destaque, prestígio, cargos e títulos honoríficos. O combustível de muitos são as
homenagens e os aplausos das pessoas. Jesus diz em Mateus 6:2 que as pessoas que
vivem às custas dos aplausos, já receberam exatamente o que queriam; o louvor das
outras pessoas (Mat. 6:2). Não foi assim com os profetas e daqueles que foram chamados
por Jesus para segui-lo, segundo o relato do livro dos Atos. O Salvador mesmo alertou
no que implicaria servi-lo: perseguições, calúnias e decepções. O impressionante é como
facilmente nos esquecemos de tudo isso e voltamos a buscar os holofotes, a visibilidade,
o destaque, tudo aquilo que é aparente. No Sermão da Montanha, o Senhor nos advertiu
a fazer todas as coisas para Aquele “que vê em secreto”, na esperança de que Ele nos
recompense. Precisamos voltar ao primeiro amor, àquele estado em que a razão de ser de
nossas ações é unicamente a glória de Cristo e a nossa missão se resume em fazer com
que a Sua mensagem libertadora seja conhecida pelos da nossa geração. É bom lembrarmos
que se conseguíssemos fazer tudo aquilo para o qual fomos designados, receberíamos a
coroa de “servos inúteis”
(Lc. 17:10)
.
Cada ato, por mais insignificantes que pareça, deve ser movido por amor,
seja realizado com graça, e transbordante de vida. Há muito trabalho para ser feito.
Nós não precisamos de cargos ou de títulos especiais para realizar a missão que Jesus
nos confiou; só de humildade e voluntariedade. Por isso, abrace, visite, convide,
evangelize, console, conforte, ame, limpe, arrume, organize, perdoe, compreenda,
releve, aconselhe, oriente, promova a paz, apascente, ore e ensine. Façamos isso em
nome de Jesus e para a glória d’Ele. Amém.
Rev. Enoc Teixeira Wenceslau