Atenção, assistência, cuidado e poder em Saúde: reflexões
A assistência à saúde está voltada para o tratamento, a busca pela cura. Já o cuidado envolve todos os saberes e práticas sociais que são produtoras de saúde. A atenção à saúde compreende a reabilitação, promoção, vigilância, assistência, dentre outros. Logo, a ideia de cuidado deveria permear a dinâmica entre essas variáveis, de maneira que o contexto e o sujeito com suas particularidades sejam considerados no decorrer do processo de trabalho. Nesse cenário, cabe falar sobre a clínica ampliada ou clínica do sujeito, a qual é voltada para o trabalho em equipe, o fortalecimento da comunicação e a valorização do sujeito e suas particularidades, levando em consideração a noção da importância dos determinantes sociais sobre a saúde. O poder dos profissionais de saúde faz parte do pano de fundo de todas essas discussões, pois ao longo do tempo a prática médica se tornou uma forma de controle social, o que resultada na determinação pela saúde de modos de vida aceitos ou não. Hoje, há um movimento pelo reconhecimento dos saberes e práticas, que vão além do profissional de saúde e também de “conscientização” dos profissionais sobre a importância desses conhecimentos no processo de produção de saúde. Em sala foi falado sobre uma prática pouco comum dos serviços de saúde que funcionam de maneira regionalizada, que é o mapeamento das práticas cuidadoras dos territórios. Em Ceilândia – DF, ainda não tive contato com essa prática. E você ai no seu Município, Estado já teve? Como foi? Fiquei bastante curiosa para saber experiências, pois essa prática permite colocar em prática diversos conceitos, muito defendido e pouco utilizados, como a escuta qualificada e olhar holístico em relação as necessidades de saúde.
Abraços :)
Desirée M.
Por Emilia Alves de Sousa
Olá Desirre,
Muito boa a sua provocação sobre a atenção em saúde, dando passagem a esse novo formato de cuidado defendido pelo movimento humanizaSUS, em que a valorização do sujeito com abordagem multidisciplinar, buscando a integralidade das necessidades do usuário, é a tônica do atendimento.
O desafio de um trabalho com esse novo formato é grande, mas o compromisso com a defesa da vida é maior e captura os profissionais nessa direção.
Vamos ver se as pessoas se contagiem com esse chamado e compartilhem suas experiências.
Um abraço!
Emília