“E quando saímos com dúvida?” – É necessário informar!
Sou aluna do 6º período do curso de psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e na disciplina de Estágio Básico II foi proposto pelo professor que fizéssemos uma visita ao SUS a fim de podermos ter uma experiência com o sistema. Eu que sempre fui usuária logo pensei que seria mais uma visita e que não encontraria nada de novo, pois já “conhecia” SUS. Mesmo assim, resolvi ir à unidade básica de saúde e confesso que desta vez foi diferente.
Desse modo, no dia 17/08 por volta de 13h00min me dirigi a uma unidade básica de saúde no município de Cariacica/ES com a demanda de tomar uma vacina que estava atrasada. Chegando lá, algumas pessoas aguardavam o atendimento em suas devidas especialidades e logo fui me direcionando para a secretaria e disse que precisava tomar uma vacina, sendo assim, a atendente me disse para ir direto à sala de vacinação. Chegando lá, disse à enfermeira que precisa tomar uma vacina, mas não sabia qual era, e então entreguei meu cartão de vacinação e perguntei qual era a que estava faltando, a fim de saber mais a respeito daquilo que iria “tomar”. Logo ela me respondeu objetivamente sem me dar mais informação que era a Tríplice Viral. Ela sem ao menos me convidar para sentar anotou na minha carteira de vacinação e começou a manipular e aplicar a injeção.
Mas o que me chamou atenção e me deixou incomoda e preocupada, foi o fato da profissional durante todo o processo de manipulação e aplicação da vacina não utilizar luva cirúrgica. No momento fiquei com vontade de questionar, mas não tive coragem. Fui embora pensando: estava eu correndo risco de adquirir alguma doença contagiosa? Em quais procedimentos é necessário/obrigatório o uso de luva? Acredito que o esclarecimento de algumas dúvidas básicas a respeito de práticas em saúde é necessário e permite a “quebra” desse conhecimento hierarquizado (saber-poder). Infelizmente esta não foi somente mais uma visita, desta vez, ela me deixou com dúvida.