Amigos, todo trabalho realizado pelos Agentes Culturais de Saúde do rio estão publicado na UPAC – UNIVERSIDADE POPULAR DE ARTE E CIÊNCIA
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Abç.
Aldecir costa
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capssaúde mental4 Comentários
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Por Aldecir Costa
Os Agentes Culturais de Saúde surgiam a partir da criação das Escolas Populares de Saúde na Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil
do Rio de Janeiro, deve-se a uma iniciativa arrojada e, sobretudo inovadora do Sr. Vitor
Pordeus(Ator, Médico, Cientista e Imunologista) e Coordenador do Núcleo de Cultura, Ciência e
Saúde que em meados de2009/ 2010 buscava identificar um método que pudesse trazer
resultados mais efetivos no campo da Saúde. Neste sentido, havia a necessidade de constituir um
grupo que se afinasse com estes ideais de Saúde procurando acima de tudo promover, não uma
Saúde verticalizada e prescritiva, mas sobretudo uma Saúde libertária em que cada indivíduo
pudesse a partir de si mesmo identificar seus próprios pontos de cura.
Tendo como esboço este objetivo de autonomia saudável, semanalmente ocorriam
reuniões em que representantes de vários movimentos sociais compareciam, sem contudo,
assumir a proposta realmente. É importante lembrar, que somente a partir da presença constante
de um grupo oriundo das Áreas Programáticas de Saúde(APS), os então denominados: Auxiliares
de Controle de Endemias(ACEs), estes possuidores de uma vontade grande de mudar esse
formato engessado de produzir Saúde mostravam sinais fortes de abraçar a proposta do Dr. Vitor.
Neste ponto, verificam-se aqui entre o médico e este grupo uma semelhança de ideais,
pois os ACEs em questão, por sua vez, já pertenciam em suas APS a um outro grupo diferenciado,
porque compreendiam que poderiam realizar muito mais do que as atribuições prescritas para o
cargo de ACEs, a saber: vistoriar inservíveis, caixas d’água, furar latinhas, entre outras. Para tanto,
eram verificadas iniciativas algumas vezes individuais ou coletivas de pequenas ações que
resultavam em melhoria para os contribuintes e mais que isso para os cidadãos.
Sobre este ponto de vista, iniciou-se então a construção coletiva de uma proposta única
que norteasse os objetivos propostos de saúde, utilizando-se para tanto os princípios dialógicos
de Paulo Freire, que disse: ”Não há saber mais ou saber menos há saberes diferentes”. Desta
forma, a dinâmica da construção ganhou força e o grupo passou a partir daí, denominar-se:
Agentes Culturais de Saúde, estes sabiam do desafio que estavam assumindo e buscavam
compreender melhor os parâmetros teóricos que norteariam o trabalho proposto.
A fim de internalizar conceitos e identificar os conteúdos didáticos que direcionariam a
metodologia que seria empregada na execução do trabalho nos territórios, esse grupo foi
incentivado pelo Dr. Vitor a desenvolver a leitura sobre obras assinadas por mestres como: Paulo
Freire (Educador e Pedagogo), Baruch Spinoza (Filosofo), Humberto Maturana (Cientista
Neurobiólogo), Nelson Vaz (Cientista e Imunologista), Nise da Silveira(Médica e Psiquiatra),
Wiliam Shakespeare (Dramaturgo e Poeta), entre outros. Além desta formação de conteúdo
pragmático buscou também incentivar a apreciação de atividades culturais de diferentes origens
e a participação no Curso “Imunologia para o Cidadão” ministrado pelo próprio Dr. Vitor. De fato,
esta iniciativa do Ator e Médico trouxe para o grupo, fundamentos teóricos importantes que no
futuro formariam a base das atividades desenvolvidas por estes agentes culturais em seus
territórios. Neste período, um importante apoio se fez presente a UPAC (Universidades Popular
de Arte e Ciência), abraçou a causa da Educação Popular(NCC)/Hotel da Loucura, por
compreender que a vivência é o caminho do aprendizado em que se inicia a arte do saber.
Logo após essa grande alquimia de troca de saberes, deu-se início as Escolas Populares de
Saúde (EPS), que entravam nas comunidades com um objetivo claro, o de não realizar ações que
representassem políticas autocráticas de saúde, e sim, procurassem repeitar as demandas:
culturais, artísticas e de saberes populares, nitidamente oriundas dos locais onde essas Escolas
Populares de Saúde se encontrassem inseridas. Outro ponto relevante sobre a proposta citada,
diz respeito ao reconhecimento do território no qual os Educadores atuam, em que estes além de
compreender as origens históricas de formação oficial da comunidade, também buscam
identificar os atores que participaram ativamente da fundação daquele espaço humano e social,
para que estes pudessem reconstruir através de suas próprias memórias a real trajetória
sociocultural desta comunidade.
Foi Assim que surgiram os Agentes Culturais de Saúde.
Abç.
Aldecir Costa
Por Luciane Régio
Que bom ver a UPAC na RHS!! Eu trago dois links que conheço, há algum outro?
Site: https://upac.com.br/#/home
Facebook: https://www.facebook.com/groups/148610788678469/?fref=ts
Abraços,
Lu
Por Colegiado Gestor do HILP
Olá Aldecir,
Fiquei curios@ pra conhecer um pouco sobre os Agentes Culturais da Saúde aqui na Rede. Como surgiu a iniciativa de trabalho? Quem são os atores envolvidos? Qual a importância da iniciativa para os Agentes Culturais de Saúde e a população beneficiária?
Estamos muito contentes com a sua chegada à Rede, e tenho a plena convicção de que a sua participação vai ampliar e fortalecer as conexões em defesa de uma saúde mental mais qualificada e humanizada.
Um abraço