Diário da 15ª Conferência Nacional de Saúde – 04/12/2015

Olá Evaldo, que alegria encontrá-lo por aqui!

O teu entusiasmo demonstrado por meio das postagens no facebook, e agora através deste relato, sobre os momentos vivenciados na 15ª CNS, me deixaram com uma vontade enorme de "conferir" a próxima conferência de saúde.

Embora eu não tenha estado presente, acompanhei todos os movimentos através das suas postagens e de outras postagens compartilhadas nas redes, e pude perceber a grande festa em defesa do SUS e da democracia que foi a 15ª CNS.

Valeu pela publicação, e continue compartilhando conosco as suas vivências e militâncias susistas!

Um abraço!

Emília

Olá, Evaldo.

Fico também muito contente de ver seu relato aqui na RHS! Você foi uma das pessoas que mais se empenhou em debater a 15ª Conferência Nacional de Saúde no facebook, e nada mais justo que ter comparecido como delegado. Estive por lá na CNS também, como participante livre, e me surpreendi positivamente. Foi realmente muito bonito ver tanta gente diferente defendendo a saúde brasileira. Ainda acho que cada setor de militância se fecha um pouco em seus interesses de grupo/classe, que poderia haver uma conexão maior em torno do objetivo comum saúde (sem etiquetas setoriais), mas de qualquer forma as 6.000 mil pessoas que ali estavam (estimativa considerando delegados, convidados, trabalhadores e participantes livres) mostraram que a saúde no nosso país tem muitos defensores.

Embora eu considere que as redes sociais de saúde que temos (e estamos em uma delas) prescindam de institucionalidade, fico aqui torcendo para que você nunca deixe de caminhar lutando pelo debate aberto e democrático da saúde no Brasil, assim como nós aqui na rhs. Saúde é democracia, e só há democracia se temos espaços para o debate. Essa será sempre a luta de todos nós que acreditamos no SUS: a luta pela consolidação dos espaços para pensar e produzir saúde.

Abraços,

Débora

Oi Evaldo,

"E PARA QUE SERVE A UTOPIA?"

E VAMOS CAMINHANDO COM ELA… NUMA MARCHA INCANSÁVEL E INSISTENTE POR DIREITOS, JUSTIÇA E CREIO QUE POR HUMANIZAÇÃO.

UM ABRAÇAÇO!!

Cristine Nobre Leite

Débora e Cristine.

Eu acredito muito na ideia de "capital social" para construirmos uma rede, e esta construção só é possível pela confiança. O melhor jeito de confiar é no olho-no-olho, no presencial. É uma pena termos perdido esta chance de nos encontrarmos na Conferência Nacional, com vários lugares disponíveis no Centro de Convenções para fazermos rodas de conversa destas redes virtuais. Um "rolezinho" dos adeptos de rede social. O ideal de uma rede social é mesclarmos presencial com virtual, sempre. A partir de um encontro presencial aumentamos a chance de uma interação colaborativa virtual numa rede social de comunicação.

Redes sociais pela internet são apenas dispositivos de comunicação que abrem a possibilidade para uma rede social real, e todas elas são válidas. Os encontros presenciais nem sempre são harmônicos, existiram dissonâncias nas conversas que tive com alguns participantes que lá estavam, no entanto, quando encontrava sintonia, a energia para trabalhar por uma rede de pessoas aumentava muito. Os "bons encontros" aumentando nosso "conatus" como diria o filosofo Spinoza, que conheço um pouco graças ao toque de professores como o Ricardo Teixeira e Rogerio da Costa.

Apesar de toda a democracia do SUS, sinto que sua organização não absorve uma ideia de rede em que o poder é relativizado e compartilhado com as pessoas que procuram desenvolvê-lo, dentro dos princípios de descentralização, integralidade e participação. 

Entender a necessidade de mudar o jeito de fazer. Entender a ideia de como fazer rede de pessoas, não apenas de serviços. Apesar de tantos dispositivos e artifícios para mudarmos este jeito de fazer, parece que, na essência, ainda somos sistemáticos, hierarquizados e acreditamos mais na dialética do que no diálogo. Parece não haver a abertura e a porosidade tão necessária para que se permita no SUS espaços de criação e inovação, mais do que controle e vigilância.

Acho que viajei!….rsrsrsr

Boa noite!

Evaldo.