Nomes como primeiro contato, atenção básica, porta de entrada, primeiro acesso, são sinônimos bem utilizados da Atenção primária. Ou se preferir em inglês primary health care (primeiro contato). Como os próprios nomes definem a atenção primária tem que ser o primeiro contato do usuário, aonde o serviço de saúde se apresentam, uma expressão de um todo, uma introdução no desenvolvimento. A atenção primária não pode ser restrita, não deve ser curta ou apressada, ela se inicia desde o segurança na porta, passando pelo atendente, até o atendimento efetivado. Se queremos um contato de todo serviço eficiente, eficaz e efetivo é preciso que comece do início, do básico, do primeiro.
Será que a atenção tem sido realmente uma atenção? O primeiro contato tem sido realmente um contato? A qualidade das necessidades básicas definem o SUS, ou pelo menos deveriam definir. Pois é a porta para entrar, utilizar, começar, iniciar. Isso não quer dizer que a atenção inicial é restrita, ela precisa ser abrangente ao ponto de alcançar cada problema em específico, definindo de acordo com a necessidade individual o melhor tratamento, procedimento e intervenção.
Os cuidados se iniciam no acolhimento, no ouvir, escutar, receber, entre outros. Mas também precisa ser integral ao ponto de prestar todos serviços e abrangente ao ponto desses serviços alcançar a todos. Os serviços da atenção primária devem se utilizar de tecnologias testadas, aprovadas e aceitadas pela população, envolvimento de outros setores, os mais diversos possíveis, como educação e indústrias por exemplo. Contando com a participação social, motivando e desenvolvendo a comunidade, trazendo melhorias básicas, de higiene, água, saneamento, educação em saúde, pacotes de intervenções básicas e medicamentos essenciais. A atenção primária objetiva serviços ambulatoriais, mas também precisa abranger casos raros, específicos, rurais, maternos, infecções, controle e tantos outros. Ela precisa ser a porta que usuário vê para muitas outras portas, em que cada um sente encontrar a intervenção necessária para o seu problema em específico.
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Daniele,
Muito interessante o teu jeito de apresentar a atenção básica como “porta que abre outras portas”. Na sua discussão você traz 3 questões importantes: os modos relacionais como o cuidado se dá, com ênfase no acolhimento; as tecnologias disponibilizadas para a garantia de uma atenção resolutiva , e os serviços ofertados por esse nível de atenção, que envolve a prevenção de agravos, a promoção, a proteção da saúde, o tratamento, a reabilitação, dentre outras ações.
“Cuidar é mais que um ato, é uma atitude…Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e
envolvimento afetivo com o outro” (Boff, 1999)
AbraSUS!
Emília
AbraSUS!
Emília