Você sabe o que são as Redes de Atenção à Saúde (RAS)? Ainda não? Então vai aprender nesse post, bom, assim eu espero kkk
Vamos lá:
De uma forma simples as RAS são diversos tipos de serviços que interagem entre si para promover um tratamento continuo a você, à sua família e a todo nós!
Pra ficar mais fácil, vamos entender neste exemplo:
Esse é o Thomy:
Thomy sofre de um problema de saúde delicado e que precisa de cuidados contínuos e de vários profissionais com diferentes especialidades para tratar de seu problema, pois sua saúde é muito frágil.
Thomy trabalha e mora na Cidade A. Em um belo dia, Thomy teve uma crise severa e foi parar no Hospital A, o hospital de sua cidade. Chegando lá, Thomy foi identificado rapidamente, pois tinha cadastro no hospital, logo seu caso foi resolvido com mais agilidade e eficiência.
Como a saúde de nosso amiguinho é frágil, ele necessita de diversas visitas de agentes de saúde. E para uma melhora na qualidade de vida de Thomy, os profissionais buscam entender como é a vida que ele leva, sua renda, escolaridade, ambiente de trabalho, moradia, se está vacinado, enfim, tudo que acarreta em sua saúde de maneira direta e indireta.
Com todos esses cuidados minuciosos, Thomy pode levar uma vida melhor, pode trabalhar e viver mais, pois os cuidados que Thomy recebe são contínuos e permanentes, logo ele sabe que sempre pode contar com os serviços de saúde oferecidos pelo SUS.
E aí, conseguiu identificar o papel das RAS?
O que? Ainda não?
Poxa, é simples:
As RAS têm como objetivo promover a integração de ações e serviços de saúde para prover uma atenção à saúde de forma contínua, integral, de qualidade, responsável, humanizada, com vistas à consolidação dos princípios e diretrizes do SUS.
Diferente do modelo piramidal de saúde tradicional, as RAS são espaços que visam assegurar o compromisso com a melhora de saúde da população, ofertando serviços contínuos no âmbito dos diferentes níveis de atenção à saúde, ou seja, para a lógica das RAS, um pronto socorro e um centro de especialidades, por exemplo, são igualmente importantes na garantia da atenção à saúde do usuário, pois ambos cumprem papéis específicos para necessidades específicas, o contrario do sistema piramidal que classifica esses serviços como de segunda complexidade.
As ações, serviços e programações em saúde devem basear-se no diagnóstico da população adscrita à equipe de saúde, considerando fatores e determinantes da saúde desta população. Faz-se necessária a composição multiprofissional das equipes de saúde, porque os problemas de saúde muitas vezes são multicausais e complexos, e necessitam de diferentes olhares profissionais para o devido manejo. Porém, mais do que a multiprofissionalidade, a ação interdisciplinar desta equipe deve ser um objetivo a ser estabelecido, de modo a garantir o compartilhamento e a corresponsabilização da prática de saúde entre os membros da equipe.
Nessa perspectiva, as redes têm sido propostas para lidar com projetos e processos complexos de gestão e atenção em saúde, onde há interação de diferentes agentes e onde se manifesta uma crescente demanda por ampliação do acesso aos serviços públicos de saúde e por participação da sociedade civil organizada.
Identificando as redes no caso de Thomy:
1. Thomy recebe cuidado contínuo.
2. Thomy é tratado por diversos profissionais da saúde.
3. Os profissionais buscam entender os Dererminanres Sociais da Saúde de Thomy.
4. Há o princípio da Regionalização (mora na Cidade A e utiliza o hospital de sua cidade).
Que tal? Agora deu pra entender, certo? Mas não vá pensando que as RAS são somente isso, tem bastante coisa, não fique preso, continue estudando 😉
https://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-download_file.php?fileId=125
Oi? Como? Você quer saber o segredo de Thomy? Kkkk
É simples, Thomy me contou que confia no SUS e faz a sua parte pra ajudar, pois sabe que o SUS é como ele que precisa de cuidados para evoluir 😉
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Thalita,
Gostei muito da sua publicação trazendo de forma bem humorada o conceito de RAS a partir da história do Tomy.
Na sua discussão fica bem evidenciada a lógica de organização das RAS e o fluxo do atendimento valorizando duas diretrizes importantes: o acolhimento, enquanto postura ético-politica de inclusão e compromisso com as demandas de saúde do usuário, e a clínica ampliada enquanto um modo de atender com escuta qualificada que vai além da queixa do usuário, analisando a sua realidade/história de vida, numa abordagem multidisciplinar.
Corroborando com o seu texto, colo aqui o link de uma animação compartilhada pelo Médico Sanitarista Ricardo Teixeira sobre o acolhimento, dando passagem ao fluxo/organização do atendimento na atenção básica de saúde, com foco na humanização do cuidado.
https://redehumanizasus.net/11421-a-rede-de-acolhimento
AbraSUS!
Emília