A REDE CEGONHA é uma estratégia do Ministério da Saúde para a implementação de uma rede de cuidados às mulheres, nesse sentido, a rede garante às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo, à uma atenção humanizada durante a gravidez, o parto e puerpério. As crianças também são garantidas pelo direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudável.
A rede aborda a organização da atenção à saúde materno-infantil, se instaurando gradativamente em todo o país, e se orientando pelo critério epidemiológico (taxa de mortalidade materna e densidade populacional).
A Portaria Nº 4.459 de junho de 2011 institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde a Rede Cegonha. Algumas de suas características são: o respeito à diversidade cultural, étnica e racial, a participação e mobilização social e a promoção da saúde e da equidade. A rede é organizada por quatro componentes:
- I- Pré-natal;
- II- Parto e nascimento;
- III- Puerpério e atenção integral à saúde da criança, e
- IV- Sistema logístico (transporte sanitário e regulação).
Para que possam entender melhor cada componente, escolhi as principais características de cada um.
I- Pré-natal:
O primeiro componente inclui: a realização de pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS) com captação precoce da gestante (o ideal era que a mulher fosse captada antes da gravidez, quando há o desejo de tentar engravidar, mas na maioria das vezes a captação só ocorre depois da descoberta da gravidez);
Garante o acesso ao pré-natal de alto de risco quando necessário;
Inclui a realização dos exames de pré-natal de risco habitual (gravidez normal) e de alto risco e o acesso aos resultados dos exames;
Inclui: vinculação da gestante desde o pré-natal ao local em que será realizado o parto (para que ela conheça o ambiente e o processo que será feito no dia do parto, esse momento é muito importante para a gestante), também oferece às gestantes nos deslocamentos para as consultas de pré-natal e para o local em que será realizado o parto; e
Abrange a implementação de estratégias de comunicação social e de programas educativos relacionados à saúde sexual e à saúde reprodutiva;
II – Parto e Nascimento:
O segundo componente procura garantir a suficiência de leitos obstétricos e neonatais (UTI, UCI e Canguru) de acordo com as necessidades de cada região;
Inclui práticas de atenção à saúde baseada em evidências científicas e a realização de acolhimento com classificação de risco nos serviços de atenção obstétrica e neonatal;e
Garante o acompanhante durante o acolhimento e o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato (nem todas as grávidas tem conhecimento desse direito);
III – Puerpério e atenção integral à saúde da criança:
O terceiro componente abrange a promoção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável;
O acompanhamento da puérpera e da criança na atenção básica com visita domiciliar na primeira semana após a realização do parto e nascimento (é um momento muito importante, algumas mulheres podem ter dificuldade na hora da amamentação, ou na hora de dar banho, por exemplo);
Inclui a busca ativa de crianças vulneráveis e a prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e Hepatites; e
Promove a orientação e oferta de métodos contraceptivos.
IV – Sistema Logístico- transporte e regulação:
O quarto e último componente promove, nas situações de urgência, o acesso ao transporte seguro para as gestantes, as puérperas e os recém nascidos de alto risco, por meio do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU Cegonha (as ambulâncias devem estar devidamente equipadas com incubadoras e ventiladores neonatais); e
Inclui a implantação do modelo “Vaga Sempre”, com a elaboração e a implementação do plano de vinculação da gestante ao local de ocorrência do parto, a regulação de leitos obstétricos e neonatais, regulação de urgências e a regulação ambulatorial (consultas e exames).
A rede cegonha desenvove um importantíssimo papel de cuidado e atenção à saúde, ampliando o olhar ao processo de gravidez e cuidado estendido.
Quem tivermior interesse em conhecer um pouco mais, é só clicar neste link, é o MANUAL PRÁTICO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA REDE CEGONHA, do Ministério da Saúde.
<file:///C:/Users/USUARIO/Downloads/manual-pratico-rede-cegonha-[444-090312-SES-MT].pdf>
AbraSUS
Por Daniele Amorim Fernandes
Boa Tarde Rayane!
É importante a explicitação da Rede Cegonha trago por você embaseado na Portaria 4.459. Percebemos a importância de uma rede sem furos, que traga ampla cobertura e integralidade nos seus serviços. E esse recorte que a rede faz é essencial! Por meio do seu post conseguimos entender os papéis das redes, em específico da Rede Cegonha, cuidando de cada passo, iniciado no pré natal, mas que não abandona a mãe nem o bebê, indo muito além de uma consulta.
Um abraço,
Daniele.