A luta antimanicomial existe e persiste todos os dias pela garantia de direitos e contra todas as formas de manicômio. O manicômio está internalizado na sociedade como forma de controle e manutenção de ordem, excluindo e trancando quem não está de acordo ou não é consoante com a mesma.
Nesse sentido práticas profissionais como excesso de medicamentos ou estabelecimento de parâmetros de comportamento reproduzem essa lógica manicomial e excludente, e, portanto, devem ser repensadas e abolidas. Devemos libertar-nos de preconceitos, rotinas e receitas prontas de como cuidar a fim de construirmos uma assistência libertadora.
Dentro desse panorama político vivido aqui no Brasil, que tem ferido e guilhotinado nossos direitos básicos como democracia, saúde, cultura, educação (e até o direito de pensar) caminhamos para a perda da liberdade e outros direitos conquistados, devemos ficar atentos, nos organizarmos cada vez mais e lutar, pois, as práticas libertadoras e construtivas são fundamentais e estão sendo perseguidas severamente a nível nacional.
No Crato-Cariri-Ceará o Projeto ArtÉ Saúde da ALDEIAS tem construído novas práticas de produção e assistência em saúde mental junto aos usuários do CAPS II do Crato com arte, educação popular em saúde e a perspectiva da saúde holística. Nessa semana da Luta Antimanicomial intensificamos nossas intervenções, diálogos e ocupações de espaços a fim de fortalecer a nossa luta e promover o dialogo e a reflexão da sociedade em torno da saude mental.
arte e saude mental, movimento, luta antimanicomial, Cariri
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Muito boa a tua reflexão, Jessika.
E nunca foi tão oportuno nos engajarmos nesta luta como nestes tempos.
A foto está muito bonita pois passa a energia do grupo e a alegria da participação coletiva.