Música e Memórias no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
A leveza da voz e a magia do som do violão do trio musical Casa da Serenata tomou conta do Instituto do Coração (InCor), espalhou-se pelo hall de entrada do hospital, pelas enfermarias e U.T.I’s infantis, em abril de 2016.
As crianças cantaram cantigas de roda com suas mães, dançaram nos berços, os idosos emocionados viram despertar lembranças adormecidas da juventude. Os profissionais paravam para ouvir e pediam suas canções preferidas, cantando e sorrindo, num breve intervalo de seu cotidiano agitado e corrido com suas múltiplas atividades.
Foram momentos em que o hospital se alegrou, a esperança nasceu e fez emergir em todos, a esperança.
Este breve hiato na rotina hospitalar dos pacientes, acompanhantes e profissionais possibilita romper com o ciclo de todos os dias, de exames, com cuidados focados nas limitações do estado de adoecimento pelo qual estão acometidos os pacientes e familiares, amigos. Este evento permite lembrar que temos muitos recursos pessoais para nos fortalecermos e fazer com que se acredite em dias melhores e numa instituição acolhedora e parceira, que olha além da doença física.
A arte e a cultura são bálsamos, que aliviam as dores da alma e do corpo, a confirmação desta premissa pode se constatar por teses e dissertações da academia, que frequentemente estudamos e reconhecemos como verdadeiras construções do conhecimento, mas experiências como esta que vivenciamos, nos dão a legitimidade observacional para afirmar que há a formação de uma corrente de energia vibrante colorida aos olhos do coração, quando sentimos as pessoas e ambientes tomados pela alegria dos sons e dos seus instrumentos, chamando a todos para a vida.
Por: Dra. Vera Bonato
Sistema Integrado da Qualidade | Assistente de Direção – InCor HCFMUSP | Coordenadora do GTH – InCor
Por deboraligieri
Vera querida.
Que relato lindo! Tanto pelo conteúdo, com o trabalho alegre e promotor de saúde do trio Casa da Serenata, quanto pela forma poética como você descreve a atividade lúdica realizada no InCor. Mais do que um hiato na rotina hospitalar voltada para o tratamento de agravos à saúde, uma forma de lembrar que saúde é qualidade de vida, e que um ambiente saudável requer mais do que máquinas de exames a aferição das condições biomédicas, requer a interação entre as pessoas e a valorização da vida de cada pessoa (pacientes, profissionais e gestores), que não se vê apenas no coração que bate, mas no coração que sente!
Beijo enorme,
Débora