Assistência Farmacêutica
A Assistência Farmacêutica (AF) é o conjunto de ações voltadas para a prevenção e recuperação da saúde, visando o acesso e uso racional de medicamentos, como disposto na Resolução SES/MG n 1.416, de 21 de fevereiro de 2008.
Dentro da Rede, a AF anda junto com diagnóstico, terapêutico e com sistema de informação em saúde no bloco de sistemas de apoio, trabalhando para o aumento da qualidade de vida do usuário e redução de custos na saúde pública. Para tanto, as ações articuladas precisam ser executadas em uma ordem sequencial.
Fonte: CATES – Centro Colaborador do SUS; Avaliação de Tecnologias & Excelência em Saúde.
No SUS, os medicamentos disponíveis estão listados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME). Estes medicamentos estão divididos em 3 componentes: Componente Básico, Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica e Componente Especializado.
Fonte: CATES – Centro Colaborador do SUS; Avaliação de Tecnologias & Excelência em Saúde.
Por patrinutri
Olá Pryscila,
A amplitude do SUS é mesmo muito bom para a saúde coletiva. Contar com uma assitência farmacêutica integrada ao sistema e regulada por orgãos competentes nos dá muito segurança na assitência .
E vejo que cada vez mais esta parte do sistema tem se aprimorado no sentido de ações menos medicalizantes e mais interativas com usuários e profissionais de saúde.
Soube pela imprensa que em Curitiba PR os farmacêuticos tem realizado consultas onde esclarecem aos usuários a utilização correta dos medicamentos e esclarecem dúvidas ficando cada vez mais próximos dos usuários e assumindo umimportante papel no cuidado em saúde.
Veja a matéria na íntegra aqui.
Saúde
Consulta farmacêutica no SUS Curitiba muda perfil de uso de medicamentos
28/06/2016 09:16:00
A inserção de consultas farmacêuticas no dia a dia das unidades básicas de saúde e de outros equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba tem garantido mais clareza aos pacientes sobre o uso correto de medicamentos, maior humanização no atendimento, valorização profissional e maior adesão e eficácia aos tratamentos recomendados. Desde que o Programa de Qualificação dos Serviços Farmacêuticos (QualifarSUS) foi implantado na capital paranaense, em abril de 2014, o número de atendimentos farmacêuticos aumentou 1.071%. Foram 5.145 consultas em 2015 contra 439 em 2012 – total 11 vezes maior.
A dona de casa Selma Weck, 65 anos, está entre os pacientes que já passaram pelo atendimento farmacêutico. Diabética e hipertensa, ela usa diariamente 10 medicamentos, entre comprimidos, insulina e inalantes. “A consulta foi muito boa para mim. Minha saúde está melhor e tenho mais disposição. Eu não estava tomando os remédios direito, pulava medicação. Não sentia nada, mas estava errado e poderia fazer mal”, relata Selma, que é usuária da unidade básica de saúde Cajuru.
Após a consulta, Selma foi encaminhada para avaliação nutricional, mudou hábitos alimentares e, em menos de um ano, já pôde deixar de tomar um medicamento. “Avaliamos a real necessidade de consumir os fármacos e evitar sobredoses, já que alguns medicamentos interagem entre si ou com alimentos. Assim, aplicamos nossos conhecimentos na rede do SUS e nos aproximamos dos pacientes, dando orientações sobre a melhor forma de tomar os medicamentos”, afirma a coordenadora de Atenção Farmacêutica da Secretaria Municipal de Curitiba (SMS), Beatriz Patriota, que também atende Selma.
Com Curitiba como piloto, o QualifarSUS é um projeto federal voltado para a qualificação do serviço farmacêutico nos equipamentos de saúde. Faz parte da iniciativa identificar pacientes que tenham dificuldades no uso de medicamentos para que sejam orientados pelos profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf). Além de avaliar os remédios usados, o farmacêutico orienta o paciente sobre os horários mais adequados para ingerir os remédios e a melhor forma de armazená-los. E também contribui com a logística, o controle e a distribuição dos fármacos na rede da SMS.
Dentro do projeto, para estarem qualificados para a consulta farmacêutica e integrados com o restante da equipe da saúde, os profissionais foram capacitados e tiveram o auxílio de consultores. Desde abril de 2013, 35 farmacêuticos do SUS Curitiba realizaram 10.260 consultas em unidades básicas, centros de especialidade, unidades de pronto atendimento e Maternidade Bairro Novo.
Exemplo
“A consulta farmacêutica praticamente não existia antes desta gestão. O trabalho farmacêutico ficava mais restrito à logística de distribuição dos medicamentos. Curitiba conseguiu integrar esses e outros profissionais às equipes de atenção e fazer com que todos trabalhem em conjunto. A cidade conseguiu criar um modelo inovador que tem sido usado como exemplo em todo o país, com reconhecimento em eventos científicos no Brasil e no exterior”, afirma o secretário municipal da saúde, César Monte Serrat Titton.
A última homenagem ao trabalho farmacêutico desenvolvido nas unidades de saúde de Curitiba ocorreu em 20 de junho, quando a farmacêutica da SMS Marina Yoshie Miyamoto foi laureada pelos conselhos federal e regional de Farmácia em sessão solene na Assembleia Legislativa do Paraná. “Essa homenagem não é só minha. É de todos os farmacêuticos, gestores e trabalhadores da SMS. Com a implantação do QualifarSUS, hoje falamos em trabalhar em equipe de forma intersetorial e multiprofissional. Isso é muito difícil acontecer e é isso que acontece nas nossas unidades de saúde”, diz Marina, que está na rede de saúde há oito anos e fez a primeira consulta farmacêutica em 2014.
Outros avanços
Além da implantação do QualifarSUS, a SMS tem trabalhado em outras frentes para aprimorar a assistência farmacêutica em Curitiba. Foram realizadas melhorias na estrutura das farmácias em unidades básicas e unidades de pronto atendimento e na logística da rede, trazendo maior controle e eficácia no controle, distribuição e armazenamento dos fármacos. A secretaria também garantiu a continuidade do trabalho desenvolvido nos Comitês de Uso Racional de Medicamentos (Curame) para detectar necessidades, priorizar ações relacionadas a medicamentos e discutir a atuação multiprofissional na rede.