O acolhimento pode ser entendido ou conceituado como receber, agasalhar, dá acolhida, dá ouvidos, receber, atender, dar crédito. Como ato ou efeito de acolher pode expressar uma atitude de inclusão. Essa atitude está relacionada com algo ou com alguém. A atitude de inclusão trás em seu sentido, uma ação de aproximação um “estar com” e um “estar perto de” que busca afirmar o acolhimento como uma das diretrizes de maior relevância para a Política de Humanização do SUS. Faz-se necessário entender que o acolhimento não pode ser visto, transportando de uma visão tradicional, como uma dimensão espacial, que se traduz em recepção administrativa e ambiente confortável ou como uma ação de triagem administrativa e repasse de encaminhamentos para serviços especializados.
A sistematização do acolhimento pressupõe a determinação de agilidade no atendimento a partir da análise e da avaliação da necessidade do usuário em função de seu risco e sua vulnerabilidade, proporcionando a priorização da atenção e não o atendimento por ordem de chegada. Dessa maneira, exerce-se uma análise (avaliação) e uma ordenação da necessidade, distanciando-se do conceito tradicional de triagem e suas práticas de exclusão, já que todos serão atendidos.
Com esse entendimento, o acolhimento com avaliação na vulnerabilidade e no risco do usuário configura-se como uma das intervenções potencialmente decisivas na reorganização e na implementação da promoção da saúde em rede.
O acolhimento não pode ser utilizado como um conceito para expressar as relações que se estabelece entre os usuários e os profissionais na atenção à saúde. Não se trata de uma simples relação de prestação de serviço. Mais do que isso, o acolhimento implica uma relação cidadã e humanizada, de escuta qualificada. Com base nesse conceito, o desenvolvimento do acolhimento como tecnologia essencial para a reorganização dos serviços caracteriza-se como elemento-chave para promover a ampliação efetiva do acesso à Atenção Básica (AB) e aos demais níveis do sistema. Com base nesse conceito, o desenvolvimento do acolhimento como tecnologia essencial para a reorganização dos serviços caracteriza-se como elemento-chave para promover a ampliação efetiva do acesso à Atenção Básica (AB) e aos demais níveis do sistema.
Por Emilia Alves de Sousa
Olá Camile,
Que legal contarmos com sua participação na Rede Humanizasus! Seja muito bem vinda! E já chegou trazendo para o debate um tema tão importante quanto esse!
O acolhimento é uma das apostas da Política Nacional de Humanização para organização do fluxo de atendimento de forma a facilitar o acesso, e atender a todos os que procuram os serviços de saúde, abordando o usuário para muito além da sua doença e queixas, numa relação dialógica qualificada. Mas como consolidar na prática todas essas dimensões? Que dispositivos devem ser implementados para um acolhimento com foco no sujeito e não na doença, reconhecendo o protagonismo e a autonomia do usuário? Para refletir!
Compartilho aqui um post publicado na Rede que traz um rico conteúdo sobre o acolhimento!
https://redehumanizasus.net/90050-acolhimento-vivificacao-da-producao-de-saude
Aguardamos o seu retorno, e qualquer dificuldade com as funcionalidades da Rede, conte com o apoio dos editores!
AbraSUS!
Emília