Estamos nos aproximando da Etapa Estadual da V Conferência Nacional de Saúde Mental em nosso estado, e algumas reflexões tem nos incomodado durante esse processo.
Uma delas é a experiência de vida marcada pela exclusão social daqueles que ainda encontram tanta resistência ao tentar habitar os espaços urbanos. Pessoas que não escolheram esta condição, que é subordinada dentre outros a determinantes genéticos, culturais, ambientais…
Nessa premissa sempre lembramos que por muito tempo essas pessoas foram isoladas da família e da sociedade, colocadas em instituições especializadas, sob o argumento de que o isolamento era necessário para sua proteção e a da própria sociedade, e o quanto isso ainda prevalece em nosso meio tornando tão importante conhecermos a Proposta da reforma psiquiátrica, iniciada nos anos 70 na Europa e nos Estados Unidos, que se converteu, segundo Desviat (1999), em um amplo movimento social em defesa dos direitos humanos dos “loucos” e dos excluídos da razão incluindo também questionar a instituição asilar e suas práticas e humanizar a assistência, fazendo com que houvesse ênfase na reabilitação ativa em detrimento da custódia e da segregação.
Diante disso pensar o quanto precisamos conhecer a Política Nacional de saúde mental e nos prepararmos para o convívio com as pessoas em sofrimento psíquico ainda requer a desconstrução das representações que naturalizam a patologia e a exclusão e a construção de um novo olhar ancorado na história, na cultura e na singularidade do sujeito, sujeitos esses que as vezes tão perto de nós, deles nada sabemos além do concebido na distância do olhar que nos afasta.
Referencia :Desviat, M. (1999). A reforma psiquiátrica Rio de Janeiro: Fiocruz.
Por Sidney Cavalcante da Costa
Refletir Sobre A Política Nacional de Saúde Mental É De Suma Importância Para Que Se Tenha Um Olhar Mais Humanizado Na Direção De Todos Que Em Algum Momento Da Vida Precisam De Cuidado Da Alma.