Abelardo Santos registra baixa infecção hospitalar comparado à média nacional e internacional
Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), em Icoaraci, distrito de Belém, mantém uma taxa anual de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras) entre 1% e 1,5%. Esse índice coloca a unidade em posição de destaque frente às médias nacionais e internacionais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível de infecção hospitalar considerado aceitável é de até 5% ao ano.
A taxa de Iras no HRAS vem sendo mantida desde a inauguração do hospital, em setembro de 2019, e está abaixo da média observada no Brasil, que, conforme a OMS, chega a aproximadamente 14% das internações. Além disso, o percentual é inferior ao registrado em países como Estados Unidos, Canadá e nações europeias, onde as infecções hospitalares alcançam 4,5%, 10,5% e 7,1%, respectivamente.
Hellen Monteiro, gerente do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP), explica como é realizado o combate às infecções no Hospital Abelardo Santos. “Como foi exposto, a baixa taxa de Iras na unidade não é um feito pontual, mas o resultado de uma cultura consistente de atuação, com um trabalho contínuo de capacitação das equipes e a adesão a protocolos internacionais de segurança”, pontua.
“Portanto, o compromisso com a segurança do paciente não é apenas uma prioridade, mas um valor fundamental para a gestão e todos os profissionais, que buscam sempre aprimorar a assistência e garantir um ambiente seguro e confiável para quem mais precisa. Assim, o paciente sai do ‘Abelardo Santos’, volta para o seu lar recuperado e sem incidentes infecciosos”, acrescenta Hellen Monteiro.
As principais causas das Iras estão relacionadas à falta de higienização das mãos e ao não cumprimento de protocolos assistenciais, explica Ohana Cardoso, supervisora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). A especialista ressalta que a higienização adequada das mãos pode eliminar até 90% das bactérias, sendo uma prática incentivada entre pacientes e colaboradores no HRAS.
Consciente do risco de infecção hospitalar, a paciente Alessandra Rodrigues, de 21 anos, adotou hábitos de prevenção. “O que a gente puder evitar é melhor. Temos apoio dos profissionais da unidade, que realizam rodas de conversas para esclarecer sobre esses cuidados, ensinando maneiras adequadas de lavar as mãos e incentivando a propagação desse conhecimento entre os familiares”.