Acolhimento na Estratégia Saúde da Família durante a Pandemia da Covid-19.

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Introdução: A doença intitulada COVID-19 é uma pandemia global emergente causada pelo coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) e se originou na cidade de Wuhan na China (PERLMAN, 2020; TAN et al., 2020). Os primeiros casos tiveram origem no mercado de frutos do mar da cidade exatamente na virada do ano de 2020 (TAN et al., 2020). Em meados de março 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia da doença, confirmando-se mais de 8.985.016 casos e mais de 468.881 mil mortes em decorrência da infecção pelo SARS-CoV-2, até o dia 22 de junho de 2020 (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE, 2020). A curva ascendente da epidemia fez com que muitos governos nacionais e internacionais adotassem intervenções de impacto para sociedade em geral, como estratégias de lockdown, a fim de conter a disseminação rápida da infecção de novos indivíduos e reduzir a sobrecarga social da doença e sua mortalidade. Tais medidas, trouxeram uma mudança brusca e impactos negativos na vida das pessoas (PARMET; SINHA, 2020). Essas mudanças seriam maiores e com mais efeitos negativos se o Sistema Único de Saúde (SUS) não comportasse uma rede de serviços que, no cotidiano, trabalha de forma comprometida e colaborativa para a diminuição das urgências e emergências em saúde, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) tem alcançado resultados promissores, que a destacam em âmbito internacional. Há inúmeras evidências que indicam ação significativa na redução de morbimortalidade e desigualdades em saúde, o que tende a ser potencializado pela combinação com políticas de transferência de renda e proteção social (SARTI et al., 2020).

Objetivo: Fortalecer o acolhimento buscando a integralidade do cuidado e o bom desempenho da Rede de Atenção à Saúde (RAS).

Descrição: Algumas medidas, foram tomadas para o “novo normal” que estava por vir, com isso, foram realizadas capacitações dos profissionais envolvidos direta e indiretamente para atendimento e acolhimento da população, como: biossegurança, protocolos de COVID-19, humanização no atendimento, prioridades (classificação do usuário de acordo com a gravidade de suas queixas), sinais e sintomas das síndromes gripais, bem como encaminhamentos. Além disso, foram reforçadas as questões sobre higienização pessoal, de ambientes e o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI). Sabedores que os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) possuem contato mais próximo com a população e com os dispositivos sociais locais, foram ressaltadas para as pessoas a importância de repassar informações sobre a boa higienização domiciliar/corporal, sua execução simples e cotidiana, bem como a sua importância para evitar o contágio e a disseminação do COVID-19, incluindo sobre sua prevenção, controle e questões relativas à saúde mental, porque o que dizer para uma família que procura a UBS para informar que o ente querido não está mais entre o seio familiar? _ (foi ceifado pela COVID-19) _, e o que dizer e como acolher familiares quando esse usuário é o próprio profissional de saúde? Profissionais capacitados e sabedores que possuem suporte técnico e emocional podem acolher melhor os usuários e suas famílias.

Conclusão: O acolhimento desenvolvido de forma assertiva oferece uma escuta qualificada e transcorre pela eficácia no atendimento da população na Unidades Básicas de Saúde; além de nos fortalecer como estabelecimento de saúde e seres humanos.

Palavras-Chave: Acolhimento; Atenção Primária à Saúde; COVID-19.

Referências: Ilka Kassandra Pereira Belfort (Secretaria Municipal de Saúde de São Luís, MA, Brasil) Victor Catarino Costa (Secretaria Municipal de Saúde de São Luís, MA, Brasil) Sally Cristina Moutinho Monteiro (Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA, Brasil) Correspondência para: Ilka Kassandra Pereira
Belfort [email protected] da Rede APS 2021, Publicada em: 01/04/2021, DOI:10.14295/aps.v3i1.139