ALEGREMIA – CONATUS EM POLIFONIA: DE NOSSAS CASAS AS LEMBRANÇAS NOS DÃO ASAS PRA VOAR!

5 votos

Cada imagem é uma Mostra de Experiência

Encontro da Cenopoesia com a Educação Popular
Tanta gente a se amostrar
Mas ninguém rouba a cena
Você cuidou da cena
Nós cuidamos de viver cada cena
Eu me vi na cena a tecer
Vivências de misturar a cenopoesia dos saberes
Em fusão abraçada com a educação popular

Você cenopoeta
Nós cenopoesia
Eu como parte desta cena trama que principia alegria
Alegria do encontro das linguagens
Alegria do encontro das pessoas
Atores e atrizes em seus potentes afetos
ALEGREMIA – conatus em polifonia
Línguas que não ficam à míngua
Poemas que sugerem beijos…

As cantigas que cantam abraços
Mãos e olhares que revelam corpos
Movimentos que falam e que gritam
E as bocas completam os sonhos
Em verbos que montam as cenas
Cenas de cenários mil
Rincões afora deste imenso Brasil
Cenas da vida do cotidiano da saúde
Cenas, histórias, experiências…
Sentidos, ciência, linguagens…

Culturas, cantigas, poemas, criaturas, posturas…
Arte de desaprender
Para se refazer a cena
Para desinstalar o esquete
E se reinventar no mundo da arte de viver
Mundo – mundos!
Que mundo serei eu sem você?
Pequeno mundo sem prazer!
Eu não me basto em mim
Vou ao encontro do nós…!

Para conjugar o verbo “Ir”
Ir pra casa faz bem e não é ruim
E logo que a tormenta passar
Ir ao encontro anunciar o amor sem fim!

#educadorpoetaelias
#sintesescriativas
#arte #cultura #saude

Nota 1: mesmo que para alguns essa escrita seja uma construção híbrida e não sirva como relato de experiência, prefiro ficar com a alegria da construção, a sensível demonstração de pensar livre para traduzir o momento vivenciado de um jeito diferente. As imagens retratam um belo encontro de um mês de Abril passado – celebração do Dia Mundial da Saúde.

Nota 2: Conatus é um tema central na filosofia de Bento de Spinoza (1632–1677). De acordo com Spinoza, “cada coisa, à medida que existe em si, esforça-se para perseverar em seu ser ” (Ética, parte 3, prop.

Nota 3: A Polifonia e o Dialogismo em Bakhtin
Nos estudos linguísticos, o termo polifonia foi criado pelo filósofo russo Mikhail Bakhtin (1895-1975). Esse conceito representa a pluralidade ou multiplicidade de vozes presentes nos textos, que, por sua vez, estão fundamentados em outros.

Nesse sentido, a polifonia está intimamente relacionada com a intertextualidade. Nas palavras do linguista:

“Em toda parte é o cruzamento, a consonância ou a dissonância de réplicas do diálogo aberto com as réplicas do diálogo interior dos heróis. Em toda parte um determinado conjunto de ideias, pensamentos e palavras passa por várias vozes imiscíveis, soando em cada uma de modo diferente.”

Nota 4: Para Monsalvo, “alegremia” é a alegria que o ser humano leva no sangue, a energia capaz de vencer o medo, a incerteza e o egoísmo, e que irradia pensamentos positivos, energia e esperança para famílias, sociedades e instituições.

*Diego Almeida Monsalvo – Professor de Filosofia no ensino médio e universitário. Formação em filosofia, teologia e educação.