Alienação parental na perspectiva do filme a morte inventada
A alienação parental é praticada por um dos pais, que torturaram a criança emocionalmente em relação ao que não possui a guarda, levando principalmente a criança menor de 12 anos a desenvolver problemas psíquicos. Essa forma de desmoralizar o outro que não possuí a tutela da criança, faz com que a criança acabe odiando e se afastando desse pai, observando como um pai negligente. Essa forma de vingança que coloca a criança no meio ocorre devido a separação, muitas vezes quando o pai possui uma nova pessoa em sua vida, e a mãe na maioria das vezes realiza atos que mostre para a criança que o pai está demonstrando qualquer desvalor por ela. O ato de alienação parental fere o direito da criança na convivência familiar saudável, a criação de uma lei surge para punir ou inibir o tutor que descumpre seus deveres como autoridade parental, decorrente da guarda do menor.
No filme a morte inventada é possível observar esse fato de alienação no depoimento dos pais homens, existe a exceção de apenas uma mulher ter sofrido alienação parental, bastante incomum, pois é observado exemplos de acontecerem apenas com homens. No documentário o conceito de alienação parental é visto como matar a imagem desse pai dentro da criança ou do adolescente, pois em um dos casos é possível observar que a mãe relatou para filha enquanto criança que o pai era bandido e estava morto. Analisando a forma como o documentário traz essas questões relacionadas a família, é de se perceber que os conflitos familiares são cada vez mais explorados, explanando os limites da sua privacidade, levando a serem determinados através de decisões judiciais. Essa inserção da família no meio judicial como forma de intervir e direcionar a criança para evitação do sofrimento psíquico e os conflitos familiares, acordado entre os pais o melhor para ela é feito através de profissionais inseridos nesse meio, como psicólogos, advogados e serviço social, visto pelo documentário. Entre os casos alguns se destacam mais que outros, devido a forma de sua expressividade, através de emoções fortes, depoimentos desgastantes ocorridos pelas relações familiares. Um dos casos é visível, onde uma das tutoras é destacada pelo sentimento de controle e poder, um aspecto muito comum do alienador.
O documentário é finalizado com a observação em como as sequelas decorridas por esse trauma na infância são graves. Acabam provocando um desenvolvimento psíquico anormal nas crianças, ocasionando ansiedade, depressão crônica, sentimento de desvalia, transtornos de identidade, sentimento de incapacidade, dificuldade de se adaptar a novos ambientes, podendo carregar esse sentimento de culpa para o resto da vida. A alienação parental é a forma de denegrir o outro em relação ao tutor, levando a criança a se afastar de um dos pais. O afeto é importante para o desenvolvimento da criança, e vivenciá-lo é uma forma de mostrar o quanto ele pode ser afetuoso com os demais, devendo ter práticas positivas para o bem, preservando esse ser objeto do afeto, sendo a família a base fundamental para o desenvolvimento da personalidade, mesmo com a separação conjugal, a criança tem o direito de ser preservada na convivência entre os dois.