Os atendimentos on-line cresceram desenfreadamente nos últimos meses. Desde as modificações/adaptações, devido a pandemia, a procura por processos psicoterápicos tiveram sua alta em muito pouco tempo.
No que tange a saúde mental, o atendimento presencial deslocou-se para o on-line meio que pressionado como um rolo compressor a urgência de problemas tando individuais quanto coletivos da população em geral. E nesta urgência muites profissionais de psicologia viram-se pressionades com agendas/horários super lotados, muites, também, sem ter o domínio das ferramentas digitais, tiveram que se adaptar ocasionando acumulação de atividades: atender; estudar cada caso; estudar ferramentas de informação digital; aplicativos; novas mídias; preparar o ambiente – não necessariamente nesta ordem – que muitas vezes é a própria casa (compartimento escolhido para ser o setting terapêutico). É importante ressaltar que profissionais de psicologia são seres humanos e, também, precisam de atendimento. A preocupação do bem estar para com este profissional que busca a melhoria da saúde mental de seus clientes/pacientes, de certa forma, é deixada de lado para atender a demanda. É preciso humanizar mais ainda esta classe e perceber que não são máquinas, precisando, muitas vezes, de atendimento psicológico para a melhoria de sua saúde mental. Quem escuta também precisa ser escutade. Com o distanciamento social, a terapia também precisou se adaptar da poltrona para o smartphone.
Por Sérgio Aragaki
Clodoaldo,
Pensar e produzir humanização da saúde nesse contexto pandêmico é bastante desafiador. Talvez ainda mais do que já era. São múltiplos os sentidos de humanização, assim como diversas as práticas. E reconhecer que não somos máquinas que simplesmente reproduzem técnicas ou procedimentos é fundamental. Um dos aspectos a considerar é o sempre presente entendimento de saúde como direito humano ou como produto a ser consumido. A produtividade sem qualidade, a meritocracia, o individualismo, a solidão precisam ser questionadas e combatidas. Sigamos juntes. AbraSUS!