Batalha do Covid 19 em poesia (entendendo a reação imunológica)

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BATALHA DO COVID 19

Foi lá no mês de dezembro
De dois mil e dezenove
Que Chineses avisaram
(Mesmo que tu desaprove)
Vírus que lá se espalharam
Cujo mal, dói e comove

O mundo sentiu o peso
E noutros meses seguintes
Países do mundo todo
Que não foram bons ouvintes
Cada um com o seu modo
Sofreram cruéis  requintes

Síndrome Respiratória
Também aguda e grave
Do vírus de um tipo novo
Que não é nada suave
Logo atacou o povo
Covid partiu em entrave

O Coronavirus dois
É o vírus causador
Dessa doença corona
Que ao mundo apavorou
E nem mesmo a cortisona
Aliviou essa dor

Me empreste o seu ouvido
Que vou dá a explicação
Dizer o que o vírus é
Quando há a infecção
E conto pra quem quiser
Pra gente de informação

Os vírus são cápsulas
Com material genético
Com algumas proteínas
É real!Não seja cético !
Agem como toxinas
Se é vivo? É dialético

Sua vida só vai vir
Através de outra vida
E a sua reprodução
Do hospedeiro é devida
Haverá a duplicação
Pra sua vida ser mantida

Os vírus do tal corona
Estão em muitos locais
Em diversas superfícies
Têm existências reais
Mesmo sendo invisíveis
Causam danos bem letais

São gotículas que saem
De pessoas  infectadas
Quando pessoas tossem
Espirram como gripadas
Mãos sujas que aparecem
Pondo o vírus em bancadas

Quando ele entra no nariz
(Vou contar-lhe passo a passo)
Antes de chegar ao pulmão
Pode ir pra intestino e baço
Depois é que a respiração
Vai ficando um bagaço

Nem todo mundo terá
Desenvolvido a doença
Se vírus ao pulmão chegar
Pode haver cruel  sentença
Muita célula a se atacar
Marcarão dura presença

As células epiteliais
Que revestem os pulmões
Participam da defesa
Formam belos batalhões
Eu te falo com clareza
Em número, são bilhões

Célula inocente que faz
Com o vírus ligação
Membrana e receptor
Pra haver tal injeção
Vírus que se acoplou
E à celula dá instrução

Instruções bem simples:
Copiar e remontar
E muita cópia se faz
Até a célula encharcar
E o vírus tornar voraz
Auto destruição vai causar

Célula meio que derrete
Para os vírus liberar
Bilhões deles aparecem
Perfeito multiplicar
Novas células padecem
Um vírus que quer reinar

Pulmão que se enche deles
Há muitos, em demasia
E do Sistema imunológico
Surge uma fera sombria
Mas a fera perde a lógica
Também sofre à revelia

A células imunológica
Também é infectada
Há processo auto imune
E má citocina é usada
Citocina que nos pune
Por está desinformada

Citocina é base
Que faz comunicação
Nesse meio celular
Pra uma imune reação
O vírus vai lhe enganar
Pra causar destruição

Uma temida batalha
Com um sendo vencedor
Vírus ou seres humanos
Alguém será perdedor
Se haverão muitos danos?
Quem sabe é nosso Senhor!

Cristine Nobre Leite

O vídeo publicado já era existente (créditos dados ao final ) e fiz uma adaptação poética pra ele.