CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA O COMBATE À DENGUE NO INTERIOR DE SP.
ACADÊMICOS MÉDICOS UTILIZAM A “PNH” NA CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA O COMBATE À DENGUE NO INTERIOR DE SP.
Nós, Acadêmicos da Graduação em Medicina, somos inseridos como membros das Equipes Interprofissionais, em 09 Estratégias Saúde da Família (ESFs), localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado.
Existe uma parceria “Academia/Serviço”, firmada entre a Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) e as Secretarias Municipais de Saúde de Presidente Prudente e Álvares Machado, no interior de SP. Essa parceria permite que nós, futuros médicos, possamos criar “Planos de Ação” a partir da análise das “Necessidades de Saúde” das pessoas que residem nos territórios ligados às Estratégias Saúde da Família (ESFs), utilizadas como cenários de ensino e aprendizagem para os Acadêmicos do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP/FAMEPP/UNOESTE). Em relação à Epidemia de Dengue que atingiu a cidade de Presidente Prudente, neste ano de 2023, a Professora utilizou a Metodologia Ativa da Problematização, estimulando a criação do Plano de Ação “Todos Contra e Dengue”, aplicado no território adscrito à nossa ESF, no Jardim Cambuci.
A Docente também utilizou o Arco de Maguerez para estimular “Reflexão-na-Ação”.
Após a busca em referências confiáveis, entendemos que: aos municípios cabem as ações de bloqueio da transmissão, vigilância entomológica, ampliação do saneamento, notificação dos casos, coleta de material para sorologia e isolamento viral, organização de plano de contingência para internação das pessoas com dengue e a mobilização social.
Nós, acadêmicos médicos, no território da ESF, fomos distribuídos em grupos, organizados pela professora e realizamos Visitas Domiciliares, com a finalidade de conscientizar a população. O foco da Ação de Educação em Saúde era explicar para as pessoas como o mosquito da dengue se reproduz, na “água parada”, com a finalidade de evitarmos a sua propagação.
A Prefeitura Municipal de Presidente Prudente disponibilizou os Agentes Comunitários e um caminhão para ajudar na coleta de materiais que poderiam propiciar o acúmulo de água, nos quintais das residências. A população recebeu os Estudantes e os Agentes de Saúde com muito carinho.
Nesse dia, achei muito importante termos, como futuros profissionais de saúde, esse contato com a população desde o primeiro termo da Graduação.
Fiquei muito contente em poder conhecer e valorizar o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde, pois apesar da população se mostrar disposta a colaborar com a Ação de “Empowerment Comunitário”, o sol das 13 horas 30 minutos não estava ajudando.
Nas discussões com a Docente, após a realização do Plano de Ação “Todos Contra a Dengue”, descobrimos que a Política Nacional de Humanização deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do SUS, inclusive nessa nossa Ação de Educação em Saúde. Com ajuda da Facilitadora, entendemos que a Política Nacional de Humanização (PNH) busca transformar as relações de trabalho a partir da ampliação do grau de contato e da comunicação entre as pessoas e grupos, tirando-os do isolamento e das relações de poder hierarquizadas.
Esse contato direto com as pessoas da comunidade e com os Trabalhadores da Saúde nos aproximou das reais “Necessidades de Saúde” das pessoas. Pudemos olhar para: as “Condições de Vida das pessoas”, para o “Vínculo entre a Equipe de Saúde com os usuários do SUS”, para a sua “autonomia na maneira de andar a vida” e para o “Acesso às Tecnologias que Prolongam a Vida” das pessoas.
Essa “ampliação do olhar” do “Modelo Biomédico” para o “Modelo Biopsicossocial” foi muito importante, para nós, nesse Plano de Ação. O olhar voltado diretamente para aquela comunidade nos aproximou e tentamos encontrar alternativas para solução dos problemas existentes no entorno.
Foi muito importante podermos criar vínculos de respeito e confiança com as pessoas que residem na área adscrita à ESF. A empatia, o respeito e o carinho do profissional de saúde devem se expressar nas ações cotidianas, para que a população enxergue nossa profissão, exercida por “gente que gosta de gente”. Somos amigos dispostos a ajudar, buscando a qualidade de vida e o bem estar biopsicossocial para cada pessoa da comunidade.
Em contato com uma das moradoras, ela nos relatou sobre sua situação. Ela havia sido diagnosticada com a dengue e já estava na fase final da doença. Contou-nos que sofreu muito com esse período pois já tem idade avançada, e acabou limitada para realizar alguns serviços do lar. Relatou estar muito feliz com a nossa visita.
Acredito que foi muito satisfatória essa aproximação com a população que trouxe a oportunidade de podermos conhecer um pouco mais da vida cotidiana das pessoas e também sobre o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde.
Referência:
Política Nacional de Humanização.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao_pnh_folheto.pdf&ved=2ahUKEwjV_b_18Mj-AhV1rJUCHenyDfAQFnoECBIQBg&usg=AOvVaw2lBS_aGXQoQCz71mpOFDWQ
Acesso em 25 04 2023, às 15h 30min.
Por Alex Wander Nenartavis
Parabéns à Acadêmica Mylena Santana pelo belo relato. A Saúde Coletiva tem como objeto as “necessidades de saúde” que correspondem às condições para evitar as doenças e para prolongar a vida. Ações educativas realizadas por Acadêmicos Médicos nas áreas adscritas às ESFs têm um grande potencial para melhorar a qualidade de vida dos usuários do SUS, permitindo o exercício da liberdade humana, na busca da felicidade. Congratulações !