Há muitos procuramos mostrar as atrocidades e desrespeito contra os Direitos Humanos que ocorrem no interior das comunidades terapêuticas – cts.
Resultados de muitas inspeções resultam em fechamento de cts pela tamanha irregularidade nas comunidades terapêuticas.
O CNPCT – Comitê Nacional de Prevenção e Combate a Tortura, com seu MNPCT haviam realizados em outros períodos muitas inspeções, muitas dela com os similares comitês estaduais, o Conselho Federal de Psicologia e Ministério Público Federal e Estadual, entre tantas outras entidades nos territórios, como a RENILA, entre estas inspeções estão citados muitos dados no Relatório Nacional.
Houve um período de vários problemas no CNPCT e MNPCT, neste recente período.
Acredito, entendo que o próximo período muitos avanços e retomadas às inspeções para mostrar à sociedade o que ocorre no interior das comunidades terapêuticas e que seus fechamentos não são apenas desejo de “alguns militantes defensores dos Direitos Humanos”, mas que esses novos manicômios com nova roupagem devem ser extintos de vez e em sua totalidade.
Mas somos propositivos, entendemos que para fechar as cts, precisamos ter um RAPS forte, que funcione e recursos humanos preparados para atender os verdadeiros motivos dos serviços substitutivos, em especial os CAPS ad III.
Repassar fala pelo CFP que devemos rever o percentual de população para criação e manutenção dos CAPS.
Não se tem mais uma população em municípios como haviam há uma década.
Mas para tudo isso realmente ocorrer e dar “destino” adequado para pessoas com problemas com álcool e outras drogas a porta de entrada deve ser os CAPS, e ter uma equipe multidisciplinar que realmente possa dar conta das necessidades destas pessoas com problemas e tratar de forma humanizada.
Precisamos ter a Educação/Formação Continuada/Permanente às pessoas que tratam na origem, no território. Não podemos aceitar que profissionais encaminhe, como porta de entrada, a internação para manicômios e comunidades terapêuticas.
Precisamos também, dar trabalho a estas pessoas com problemas, uma destas saídas é justamente capacitar como oficineiros e dar remuneração às pessoas que tem ligação tóxica com álcool e outras drogas.
Por fim, não menos importante, os NASF devem voltar a funcionar em todas as cidades e com profissionais ligados à Saúde Mental.
Por Sérgio Aragaki
De fato as ditas comunidades terapêuticas são os novos manicômios em nossa sociedade. Há que se lembrar que desde o século passado já existem outras maneiras de cuidado às pessoas e que não passam pelo confinamento em instituições. No mais, é fundamental saber que, em grande parte dos casos, o uso de drogas é consequência (e não causa) dos problemas das pessoas. Assim, diminuir as iniquidades presentes na vida de pessoas, grupos e comunidades é o que tem feito grande diferença na vida delas. O trabalho com redução de danos também tem se mostrado internacionalmente promotor de saúde, prevenindo também problemas relacionados ao uso de drogas. A própria OMS orientação que a RD seja uma política adotada nesses casos. E esperamos que ela volte a ser uma das políticas norteadoras em nosso país em breve.