Olá, Rede!
Me chamo Jaqueline Machado, sou estudante de psicologia do 4º semestre da Fisma (Faculdade Integrada de Santa Maria – RS), o texto que trago é uma reflexão ao artigo Atenção Materna e Infantil e Marcadores Socioculturais, que se encontra no Caderno Humaniza SUS, Humanização do Parto e Nascimento, Volume 4, das autoras Dora Lúcia L. C. de Oliveira, Denise Antunes de Azambuja Zocche, Ana Lucia de Lourenzi Bonilha e Lilian Cordova do Espírito Santo.
Este artigo nos traz uma noção da diversidade das diferentes regiões que caracteriza nosso país, através de dados epidemiológico relacionados a saúde materna, mostrando essas diversidades e as iniquidades que a acompanham.
O texto apresenta pontos importantíssimos, que são ações para eliminar ou minimizar a fragilidade entre as mulheres que levam em conta os aspectos individuais, coletivos e comportamentais, e as desigualdades dos indivíduos nos grupos e na população. O Ministério da Saúde vem implementando ações dirigidas a saúde das mulheres, em especial as mais vulneráveis, como:
- Humanização do Parto e Nascimento
- Assistência Humanizada ao Abortamento
- Programa de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis
- Controle do Câncer Cervico e Uterino e o de Mama
- Atenção Integral para Mulheres e Adolescentes em Situações de Violências Domésticas e Sexual
- Atenção à Mulher no Climatério e Menopausa
As autoras trazem que, com base nos resultados das ações que foram propostas, já foi possível perceber uma redução das taxas de mortalidade feminina decorrentes da maternidade e de outros fatores.
Porém, o Ministério da Saúde ainda deixa a desejar em muitos fatores da saúde e da qualidade de vida das mulheres de baixa renda. Promover um cuidado e atenção no pré-natal e no parto traz a cidadania, sendo um processo que tem potencial para intervir nos processos que produzem e reproduzem a iniquidade entre as mulheres. Por mais que o Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS) ofereça um acolhimento voltado para as gestantes, a demanda cresce cada vez mais e, assim, os profissionais da saúde, algumas vezes, não conseguem dar conta com os poucos recursos disponíveis.
Ressaltando que o parto humanizado não diz respeito somente à hora do parto: engloba desde o pré-natal, tendo em vista que a maioria das gestantes de baixo nível de escolaridade chegam ao acolhimento já apresentando algum tipo de infecção sexualmente transmissível, tornando o processo mais complexo. O pré-natal é o processo de acompanhamento da evolução da gestação, juntamente com a realização de uma série de exames com o intuito de assegurar a saúde do bebê e da gestante. Imprescindível para todas as gestantes, o pré-natal deve acompanhar toda a gestação, prevenindo, diagnosticando precocemente e tratando doenças que podem afetar a futura mamãe e/ou o desenvolvimento do feto. Também é considerado um período frágil, sendo relevante amparar a mulher tanto fisicamente quanto psicologicamente, pois o lado emocional também merece atenção. Gerar um filho traz inúmeras mudanças, gera muitas novidades e contar com o apoio de um profissional especializado e que tenha empatia faz toda a diferença nessa fase.
Portanto, nota-se quão importante é o trabalho de toda a equipe em uma Unidade de Saúde, pois o trabalho na rede pública funciona como uma corrente e se algum elo desta falhar em algum momento, rompe-se a corrente, o que irá refletir tão somente no bebê que está a caminho. E por fim, o quão interessante seria se todo profissional tivesse a capacidade de se colocar no lugar do usuário; isso traria a melhora cada vez maior ao sistema e à atenção ao pré-natal, porque quando se está trabalhando diretamente com vidas, não se pode esquecer a importância da qualidade dos serviços profissionais prestados, pois o cuidado com as vidas em processo de formação ou em processo de transformação é essencial para um bom resultado, isto é, a garantia do nascimento saudável do bebê.
Texto desenvolvido para a disciplina de Psicologia da saúde, ministrada pelo Prof. Ms. Douglas Casarotto.
Por BRUNA DOS SANTOS ALVES
Jaqueline adorei seu tema, a mulher precisa sim ter o direito de escolher o que considera melhor para si e para seu bebê. Sentir-se cuidada, protegida e segura faz com que tudo se torne mais leve e que a preparação para receber essa nova vida seja repleta de coisas positivas. Parabéns!