Dengue- importância educacional ao combate da dengue

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Estudantes Médicos estimulam a participação popular nas ações contra a Dengue no interior de SP

A participação popular é muito importante, na medida que contribui para o melhor funcionamento da Estratégia Saúde da Família (ESF). Ela possibilita que ocorra um adequado planejamento das Ações em Saúde, a promoção do auto cuidado, além do fortalecimento dos princípios e diretrizes do SUS.
Os estudantes do Curso de Graduação em Medicina da Universidade do Oeste Paulista, são inseridos como membros das Equipes Interprofissionais em 09 Estratégias Saúde da Família (ESFs), localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, no interior de SP. Essa inserção ocorre graças a uma parceria entre Academia e Serviço, firmada entre a UNOESTE e as Secretarias Municipais de Saúde das duas localidades.
A Facilitadora do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) utiliza Metodologias Ativas como a Problematização para estimular a criação de Planos de Ação, com foco na Política Nacional de Promoção à Saúde.
Um dos Planos de Ação, desenvolvido pelos futuros médicos esteve ligado à “Participação Popular na Prevenção da Dengue”.
Após o desenvolvimento da Roda de Conversa, conduzida pelos futuros médicos, sob supervisão docente, alicerçado na Educação Popular em Saúde, a Facilitsfora utilizou o Arco de Maguerez para estimular a reflexão-na-Ação.
Acadêmicos consideraram que a ESF surgiu para reorientar o modelo assistencial da Atenção Primária à Saúde. Fazendo parte das Equipes Interprofissionais, nas Unidades de Saúde, os Acadêmicos conseguem, junto com os outros Trabalhadores da Saúde, prestar às famílias, uma assistência integral, contínua e resolutiva, com a finalidade de atender às necessidades de saúde da população. Conseguimos intervir sobre os principais fatores de risco aos quais a população que reside no território da ESF, está exposta.
Os acadêmicos explicaram para os participantes da Ação de Educação Popular em Saúde que a dengue é uma doença perigosa causada por um mosquito, o Aedes aegypti que pode transmitir essa doença que pode ser fatal para as pessoas. Acadêmicos explicaram que existem coisas que a comunidade pode fazer para se proteger, como por exemplo:
Eliminar a água parada, pois o mosquito da dengue coloca seus ovos nesta água parada, sendo muito importante não deixar água acumulada em objetos como pneus, garrafas e vasos de plantas.
Usar repelente, pois ele ajuda a afastar o mosquito da dengue.
Usar roupas compridas, quando for possível, de maneira a cobrir a maior parte do corpo. Isso ajuda a evitar as picadas do mosquito.
Descansar e beber água se ficar doente com Dengue, para poder se recuperar.
Os futuros médicos lembraram a comunidade que a dengue é uma doença séria, mas que juntos poderemos proteger a nossa saúde. Estimularam os participantes a fazerem a sua parte, ajudando a combater o mosquito da dengue.
Nas discussões com a Facilitadora, os estudantes consideraram que a dengue é um agravo de notificação compulsória, de acordo com a Portaria GM/MS nº 5 de 21 de fevereiro de 2006. Dessa maneira, todos os casos suspeitos, confirmados ou não, devem ser obrigatoriamente, notificados à Vigilância Epidemiológica do município de Presidente Prudente.
Estudantes consideraram que são utilizados, na notificação, os instrumentos de coleta de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan):
1) Ficha Individual de Notificação (FIN), na qual constam os dados básicos (pessoa, tempo e lugar) sobre a pessoa acometida.
2) Ficha Individual de Investigação (FII). Além dos dados da notificação, possui dados completos sobre a doença, tais como local provável de infecção, exames laboratoriais, evolução do caso, classificação final, manifestações clínicas dos casos graves entre outros dados.
3) As notificações preenchidas nas unidades de saúde ou resultantes da busca ativa da Vigilância Epidemiológica municipal devem ser digitadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e transmitidas para a Vigilância Epidemiológica Estadual e, desta, para o Ministério da Saúde. Acadêmicos explicaram que as fichas de notificação e investigação são numeradas e distribuídas pela SES e/ou SMS. Essas fichas também estão também disponíveis no endereço eletrônico: www.saude.gov.br/sinanweb; mas deve ser utilizada a numeração distribuída pela SES e/ou SMS.
A Docente complementou que, após analisar os dados, a vigilância epidemiológica municipal deve repassar, diariamente, o número de casos suspeitos ao setor de controle de vetores.

Referências:

Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília, 2009 . Disponível em:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_prevencao_controle_dengue.pdf

Acesso em 09 de Maio de 2023, às 14h 30min.

Ministério da Saúde. Dengue, diagnóstico e manejo clínico, adulto e criança. 5 ed. Brasília, 20016. Disponível em:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dengue_diagnostico_manejo_clinico_adulto.pdf

Acesso em 05 de Maio de 2023.

Autores:
Frederica Vieira
Valentina Berto
Ronivania