Nesta quinta-feira (13), no Hospital das Clínicas Dr. Serafim de Carvalho (HC), a Prefeitura de Jataí, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu o “Dia D” de Prevenção ao Suicídio, com o objetivo de intensificar a proposta de abordagem psicossocial promovida pela campanha nacional Setembro Amarelo.
Na ocasião, as psicólogas Laryssa Hoff, responsável pela Humanização no município, e Camila Freitas Lima, juntamente com a assistente social Susinara Souza Assis e a pedagoga do HC, Cíntia Cristina de Jesus, realizaram orientações, entrega de panfletos e atendimentos. Elas integram a equipe de Saúde Mental.
Na entrada do local, foi montada uma estrutura com balões amarelos e cartazes motivacionais produzidos pelos próprios pacientes.
É importante lembrar que, em Jataí, os atendimentos psicológicos podem ser realizados no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), no Núcleo de Atenção Psicossocial (Naps), no HC e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Conjunto Rio Claro, da Avenida Goiás, Vila Brasília e do bairro Santo Antônio. Além disso, caso necessário, também estão disponíveis os telefones de urgência e emergência 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu), 193 (Corpo de Bombeiros) e 188 (Centro de Valorização da Vida – CVV).
Confira os serviços, os dias e os horários de atendimento das unidades de saúde mental:
CAPS: serviço aberto para atendimento diário de pessoas com transtornos mentais severos e persistentes.
(64) 3636-1072
Expediente: segunda a sexta-feira, das 08h às 11h e das 13h às 17h.
Rua Dr. Roberto Assis Carvalho, 1343, Setor Jardim Rio Claro
NAPS: Atendimento especializado aos usuários com transtornos mentais, em decorrência do uso e abuso de álcool e outras drogas.
(64) 8444-9925
Expediente: segunda a sexta-feira, das 08h às 11h e das 13h ás 17h
Rua das Palmeiras, Quadra 12, Lote 08, Setor Sítio Recreio da Alvorada
Unidade Básica de Saúde Drº Nestor Cury (Conjunto Rio Claro)
Atendimento psicológico: segunda-feira, das 7h às 11h
(64) 3636-1061 | 3636-1033
Alameda Rio Claro esquina com Alameda Rio Verde, Conjunto Rio Claro I
Unidade Básica de Saúde James Phillip Minelli (Avenida Goiás)
Atendimento psicológico: terça-feira, das 7h às 11h
(64) 3636-1063
Avenida Goiás, 30, Centro
Unidade Básica de Saúde Aristóteles de Rezende (Vila Brasília)
Atendimento psicológico: quarta-feira, das 7h às 11h
(64) 3636-1019
Rua dos Rodoviários esq. com R. 3 – Vila Brasília
Unidade Básica de Saúde Professor José Barros Cruz (Santo Antônio)
Atendimento psicológico: quinta-feira, das 7h às 11h
(64) 3636-1064 | 3636-1060
Rua do Rosário esquina com Rua 03, Bairro Santo Antônio
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Para quem se interessar mais pelas últimas abordagens sobre o assunto, ver entrevista do psicanalista Carlos Estellita-Lins:
‘O suicídio está associado, inclusive, à crise social-econômica que o mundo vive’
O mês de setembro ganha a cor amarela como parte da campanha de prevenção ao suicídio. Por conta disso, o Portal EPSJV/Fiocruz foi ouvir o pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) Carlos Estellita-Lins, com atuação clínica em psicanálise e psiquiatria e estudioso do tema, para entender o recrudescimento do suicídio em alguns grupos populacionais e a relação entre suicídio e as transformações ambientais. Trata-se de um problema de saúde pública mundial: a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 800 mil pessoas morram desta forma anualmente, uma a cada 40 segundos, o que equivale a 1,4% dos óbitos totais. A média global de mortes voluntárias é de 10,7 por cem mil habitantes, sendo 15 por cem mil entre homens e oito entre as mulheres. No Brasil, onde os índices são também relevantes, segundo dados do Ministério da Saúde registrados entre 2011 e 2017, a média foi de 5,7 suicídios a cada cem mil habitantes. Os números são maiores quando se trata da população jovem de 15 a 29 anos, na qual o suicídio é a quarta maior causa de morte, especialmente entre os homens. Entre 2011 e 2017, a taxa de suicídio entre os homens dessa faixa etária foi de nove mortes por cem mil habitantes, enquanto que entre as mulheres foi quatro vezes menor (2,4 por cem mil). Uma verdadeira epidemia de suicídio atinge ainda a população indígena, entre a qual a taxa de mortalidade por mortes voluntárias é quase o triplo da média nacional (15,2 por cem mil). E diferentemente da população geral, a maioria dos suicídios cometidos pelos indígenas (44,8%) no mesmo período ocorreu na faixa etária de dez a 19 anos.
no link: https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/o-suicidio-esta-associado-inclusive-a-crise-social-economica-que-o-mundo-vive