Dia internacional da Mulher é comemorado em ESF em SP com ações em Educação em Saúde.
A população do Brasil é estimada em 190.732.694 pessoas de acordo com resultados do Censo de 2010, sendo 97.342.162 mulheres e 93.390.532 homens. Os resultados mostram que existem 95,9 homens para cada 100 mulheres, ou seja, existem mais 3,9 milhões de mulheres que homens no Brasil.
Os estudantes do Curso de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) se inserem em 7 Estratégias Saúde da Família (ESFs) graças a uma parceria firmada entre as Secretarias de Saúde dos Municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado e a UNOESTE.
Os Facilitadores utilizam Metodologias Ativas, como a Problematização, para criar planos de ação, de acordo com as Necessidades de Saúde encontradas no território.
Um dos Planos de Ação desenvolvidos pelos acadêmicos esteve voltado a colocar em prática a Política Pública de Atenção Integral à Saúde da Mulher, em comemoração ao seu Dia Internacional. Estudantes fizeram uma Roda de Conversa com as mulheres do território da ESF e consideraram que os casos de violência contra a mulher, que foram atendidos em serviços de saúde públicos ou privados, são eventos de notificação compulsória, no Brasil, desde 2003, com base na Lei nº 10.778, pela ficha de notificação de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN.
Facilitadores consideraram que, por meio do SINAN são notificados casos suspeitos ou confirmados de violência. Para o sistema de vigilância, violência é definida como o uso intencional de força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. Estudantes também divulgaram que, no período de 2009 a 2012 foram registrados no SINAN 256.428 casos de violência. Desses 168.010, 65,94%, são acometidos em mulheres e 88.193, 34,39%, em homens. A faixa etária com maior número de casos é 15 a 39 anos. Consideraram que o principal tipo de violência registrada nesse é a física com 177.272, 69,13%, seguido pela Psicológica/Moral com 65.073, 25,38%.
A residência, local de moradia, foi ainda considerada como campeão de casos registrados como local de ocorrência dessa violência, com 137.970, 53,80%. Facilitadores consideraram que os principais agressores são os cônjuges ou ex-cônjuges com 35.714, amigos/conhecidos com 33.385, desconhecidos 32,067. O tipo de atendimento prestado nos serviços de saúde é ambulatorial com 120.961, entretanto 42.120 são internados/hospitalizados. A evolução dos casos registrados estão distribuídos 5.149 óbitos pela violência submetida, 5616 fuga/evasão e 200.184 altas. Esses dados demonstram que 17,26 de 10.000 mulheres brasileiras ainda sofrem algum tipo de violência nos diferentes locais (residência, trabalho) e por isso, são tão valiosas as ações de cooperação técnica junto ao Ministério da Saúde para prevenir e erradicar a violência contra a mulher.
As mulheres participantes consideraram como positiva a ação de Educação em Saúde realizada no Território da ESF.
Referências:
Dia Internacional da Mulher. Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.paho.org/bra/index.php%3Foption%3Dcom_content%26view%3Darticle%26id%3D3165:dia-internacional-da-mulher-2%26Itemid%3D685&ved=2ahUKEwju0duAv_jgAhWCHrkGHeylCRgQFjADegQIBBAB&usg=AOvVaw2uJvi6csVTM3qDiDIUtFxo
Por Emilia Alves de Sousa
A taxa de violência contra a mulher vem crescendo cada vez mais, e os números mostrados são indignantes.
Ampliar portanto o debate sobre o tema é importante para dar visibilidade a esse problema que persiste de forma tão chocante, na perspectiva de despertar a sociedade como um todo para a busca de ações mais robustas, para um enfrentamento mais resolutivo.
Parabéns Sulamita pelo trabalho realizado e compartilhamento aqui na rede!
Abraços
Emília