Conforme a leitura realizada na cartilha de Diretriz Gestão Participativa percebe-se que as organizações de saúde são complexas, porque nelas estão inseridos objetos complexos, como os riscos e as doenças; além disso, são compostas por uma diversidade de tecnologias e sujeitos que possuem autonomia para tomar decisões sobre os seus processos de trabalho, essas decisões são exercidas de forma desigual por seus diversos atores de acordo com a sua hierarquia e poder. Dessa forma, a gestão das organizações de saúde se apresenta como uma atividade bastante complexa.
O modelo de gestão que a Política Nacional de Humanização preconiza é centrado no trabalho em equipe, na construção coletiva e em espaços coletivos que garantem que o poder decisório seja de fato compartilhado, por meio de análises, decisões e avaliações construídas coletivamente.
A Cogestão é um modo de administrar que inclui o pensar e o fazer coletivo, portanto, uma diretriz ética, estética e política que visa motivar e levar os trabalhadores, gestores e usuários a refletirem sobre os processos de trabalho e corresponsabilidade.
A gestão participativa é um instrumento importante para a construção de mudanças nos modos de gerir e nas práticas de saúde, contribuindo para tornar o atendimento mais efetivo e motivador para as equipes de trabalho.
Os serviços de saúde possui 03(três) finalidades: a produção de saúde, a realização profissional e pessoal dos trabalhadores e a sua própria reprodução enquanto política democrática. A Cogestão, entende que os objetivos referenciados, se formam a partir da construção contínua dos processos de trabalho no modo de fazer de saúde. Assim, para proporcionar a Gestão Participativa nos processos de decisão podem-se implantar vários caminhos, como: Grupos de trabalho de Humanização (GTH); Colegiados Gestores de Hospital, de distritos sanitários e secretarias de Saúde; Colegiado Gestor da Unidade de saúde; Mesa de Negociação Permanente; Contratos de Gestão; Contratos internos de Gestão; Câmara técnica de Humanização; Visita Aberta; Gerência com Agenda Aberta; Ouvidoria; Equipe de Referência; Direito a Acompanhante nas consultas, realização de exames e internações; Projeto Terapêutico Singular (PTS) e Família Participante, Grupo de Pais, Grupo Focal.
Nessa lógica, as organizações de saúde que possuem rotinas de trabalho planejadas e executadas coletivamente mediante a implantação das referidas ferramentas acima são realmente baseadas na a Gestão Participativa compartilhando a Cogestão de responsabilidades, atividades e processos de trabalho.
Por luzia Malta
Olá kely!
Muito legal seu registro sobre essa diretriz tão importante da PNH. Destacando ser o encontro de sujeitos o mais importante fruto desse movimento, pois potencializa as ações, promove a troca e a partilha de experiências e vivencias.
Bela postagem!
AbraSUS!