A Educação Permanente em Saúde pode ser entendida como a educação no trabalho, pelo trabalho e para o trabalho. Ela ocorre nos diversos serviços e tem a finalidade de melhorar a saúde da população.
A Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), no Campus de Presidente Prudente, insere os estudantes da Graduação de Medicina em oito Estratégias Saúde da Família (ESFs), nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado.
Os Facilitadores utilizam a Metodologia Ativa da Problematização, para criar Planos de Ação relacionados à Epidemiologia local, relacionada à Saúde da comunidade.
As Reuniões de Equipe, que têm ocorrência semanal, na ESF do Jardim Morada do Sol, em Presidente Prudente, contam com a presença dos Acadêmicos do Curso Médico. Os estudantes médicos, ao participarem das Reuniões de Equipe da ESF, conseguem se aproximar das Necessidades de Saúde das famílias que residem na área de abrangência da Unidade de Saúde. Na Reunião de Equipe, os estudantes, orientados pelos Facilitadores, conseguem ampliar a escuta para as Necessidades de Educação em Saúde, trazidas pelo pessoal que tem nível médio de escolaridade, na Equipe.
Um dos Planos de Ação criados no Ciclo Pedagógico esteve relacionado à aplicação da Política Pública da Educação Permanente, pelos Acadêmicos do Curso Médico, de acordo com o Eixo dos Processos de Trabalho em Saúde, proposto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, propostas pelo MEC no ano de 2014.
Após a participação dos estudantes na Reunião de Equipe da ESF, os membros da Equipe sugeriram a organização de uma Roda de Conversa, relacionada à Vacinação contra o Sarampo e os sintomas da doença.
Após a realização da Roda de Conversa, os Facilitadores utilizaram o Arco de Maguerez para estimular a Reflexão na Ação. Estudantes consideraram que a Educação Permanente (EP) possibilita, em um mesmo momento, o desenvolvimento pessoal dos trabalhadores da saúde associado ao desenvolvimento da instituição. Facilitadores consideraram que a aplicação da Política Pública reforça a relação das ações de formação com a gestão do sistema dos serviços, associada ao trabalho da
atenção à saúde e com o controle social.
Acadêmicos médicos perceberam que a Educação Permanente pode ser considerada como uma estratégia de reestruturação dos serviços. As mudanças devem ocorrer a partir da análise dos determinantes sociais e econômicos. Também deverão ser levados em conta os valores e conceitos dos profissionais. A aplicação da Política Pública sugere transformar o Profissional de Saúde em sujeito, inserindo-o no centro do processo ensino-aprendizagem.
Facilitadores consideraram que a atualização dos Profissionais de Saúde exige que eles desenvolvam seus recursos tecnológicos, aprender a aprender, olhar e escuta qualificada, apropriação ativa do saber, trabalho em equipe, diálogo com as práticas e concepções vigentes, pactos de convivência e problematização concreta do cotidiano da equipe.
Após a realização da Roda de Conversa relacionada à Vacinação Contra o Sarampo, os membros da Equipe da ESF entenderam que a Educação Permanente em Saúde pôde ser entendida como uma proposta de ação estratégica, com potencial de contribuir para a transformar os processos formativos, as práticas pedagógicas e de saúde. A Educação Permanente se propõe a organizar os serviços, por meio de um trabalho articulado entre a Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente e a instituição formadora UNOESTE.
Os participantes consideraram como positiva a ação desenvolvida no Eixo dos Processos de Trabalho em Saúde, com aplicação da Política Pública da Educação Permanente na ESF.
Referências:
EDUCAÇÃO PERMANENTE NO COTIDIANO DAS EQUIPES
DE SAÚDE DA FAMÍLIA:
Possibilidades de Ensinar e Aprender. Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/0208.pdf&ved=2ahUKEwjXy8vCzbDkAhUsLLkGHYmXBTcQFjAAegQIAxAB&usg=AOvVaw2maAHQqS5v9z2U09-jMlbN
Consulta em 01 09 2019, às 19h 46min.