Equidade é um dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem relação direta com os conceitos de igualdade e de justiça. No âmbito do sistema nacional de saúde, se evidencia, por exemplo, no atendimento aos indivíduos de acordo com suas necessidades, oferecendo mais a quem mais precisa e menos a quem requer menos cuidados. Busca-se, com este princípio, reconhecer as diferenças nas condições de vida e saúde e nas necessidades das pessoas, considerando que o direito à saúde passa pelas diferenciações sociais e deve atender a diversidade.
Exemplos práticos de equidade ocorrem frequentemente nos hospitais, especialmente naqueles nos quais se implantou a classificação de risco, onde a prioridade no atendimento é definida por critérios combinados de ordem de chegada, urgência e gravidade. Por esse princípio, uma vítima de acidente grave passará na frente de quem necessita de um atendimento menos urgente, mesmo que esta pessoa tenha chegado mais cedo ao hospital.
O princípio da equidade também norteia políticas de saúde, reconhecendo necessidades de grupos específicos e atuando para reduzir o impacto dos determinantes sociais da saúde aos quais estão submetidos. Neste sentido, no Brasil, existem programas de saúde em acordo com a pluralidade da população, contemplando as populações do campo e da floresta, negros, ciganos, pessoas em situação de rua, idosos, pessoas com deficiência, entre outros. (Fonte: Pensesus)
Vamos ampliar o olhar!
Por patrinutri
Muito boa esta sua atenção ao princípio da equidade na saúde.
Gosto muito de usar aquela imagen dos caixotes para os meninos assitirem o jogo por cima da cerca, para exemplificar este conceito. Isto porque em um mundo atual onde muita gente confunde justiça com igualdade de condições de vida pautadas na meritocracia, talvez fique complicado mesmo entender porque algumas pessoas precisão de condições especiais para se colocarem em pé de igualdade com os demais.
A exemplo também da necessidade de existência de cotas na educação e em concursos, e também programas de transferência de rendas, todos eles buscando promover a equidade social, mas compreendida por poucos.
Parece que no SUS conseguimos um pouco mais exercitar este conceito quando colocamos a classificação de risco no lugar da ordem de chegada , ou critérios de vulnerabilidade no lugar de idade ou ciclos de vida.
Parece que conseguimos viver um mundo menos desigual na saúde se aplicamos esta equidade como deve ser. Viva a democracia na saúde!
Obrigada por colocar este conceito em debate por aqui. Bjs Patrícia