Estudantes Médicos realizam ação de Educação em Saúde com foco no cuidado da pessoa tabagista no SUS

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O tabagismo é considerado como a principal causa de câncer de pulmão no Brasil. Ele é responsável por mais de dois terços das mortes por essa doença no mundo.

Estudantes da Graduação em Medicina da Universidade do Oeste Paulista (FAMEPP/UNOESTE) são inseridos, desde o primeiro termo, em nove Estratégias Saúde da Família, localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, no interior de SP. Os Facilitadores do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) estimulam a criação de Planos de Ação, por meio da Metodologia Ativa da Problematização, a partir da Epidemiologia que emerge dos Territórios de Saúde ligados às ESFs citadas.

Um dos Planos de Ação, criado pelos acadêmicos do Curso Médico da UNOESTE, esteve relacionado à Linha de Cuidados contra o Tabagismo, na ESF São Pedro, no município de Presidente Prudente, SP.

Os acadêmicos organizaram uma dinâmica com um grupo de usuários do SUS, em tratamento contra o Tabagismo em uma Unidade de Saúde, no semestre 1 do ano de 2022. Após a realização da Ação de Promoção à Saúde, como Facilitadora do processo foi utilizado o “Arco de Maguerez” para estimular “Reflexão na Ação.

Acadêmicos consideraram que, no Brasil, o INCA estimou no final de 2019, o registro de 31.270 novos casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão em decorrência do tabagismo. Desse total, 18.740 casos em homens e 12.530 casos em mulheres.

Foi considerou que o câncer de pulmão é o segundo mais frequente no país. De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, 27.833 pessoas foram a óbito em 2017 devido a essa causa. Estudantes explicaram que as consequências dos cigarros não são apenas essas. Os futuros profissionais de saúde consideraram que o número de mortes e internações é maior quando se considera que o tabagismo pode causar outras doenças. De acordo com o INCA, no ano de 2015, as mortes com relação direta ao uso do tabaco foram: doenças cardíacas (34.999); doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC (31.120); outros cânceres (26.651); câncer de pulmão (23.762); tabagismo passivo (17.972); pneumonia (10.900) e por acidente vascular cerebral – AVC (10.812).

Estudantes registraram, nos seus “portifólios reflexivos”, que o Instituto afirma que a assistência médica associada ao tabagismo gerou, em 2015, R$ 39,4 bilhões em custos diretos. Como Facilitadora considerei que a perda de produtividade associada ao hábito de fumar, no mesmo ano, chegou a R$ 17,5 bilhões em custos indiretos, devido às mortes prematuras e incapacidades.

Os acadêmicos também consideraram que o tratamento para o tabagismo, no SUS, é gratuito para quem deseja parar de fumar. São oferecidos medicamentos como adesivos, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina), palestras motivacionais, acompanhamento da Equipe e por fim o medicamento Bupropiona.

Os acadêmicos se reuniram com os membros da equipe interprofissional da ESF, para programarem a Ação de Educação em Saúde, que foi um sucesso. Os participantes consideraram como positiva a ação de “criação de ambientes saudáveis” realizada com moradores do território da ESF São Pedro, em Presidente Prudente, SP.

 

Referência:

Brasil é o 2° país a alcançar as medidas de combate do tabaco da OMS.

Disponível em:

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://aps.saude.gov.br/noticia/5574&ved=2ahUKEwi98oqbm-X2AhX-LLkGHXDSCgIQFnoECAQQAQ&usg=AOvVaw1xn2hOFWKAHXaqp2j2wW0Y

Acesso em 25 03 2021, às 23h.