Experiência no CAPS de estudantes do Internato em Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFAL

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Relato de experiências
Rafaella Palumbo 10/09/2024

Olá gente!

Nosso grupo é formado por mim, Rafaella Palumbo, juntamente com Tiago Esteves do Rego, Vitor Lins Acioli Barreto e Vitor Mateus Silva Barbosa. Somos estudantes do Internato em Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, atualmente no 9° período, estagiando no CAPS Dr. Rostan Silvestre, na cidade de Maceió-AL. Viemos relatar um pouco sobre nossa experiência durante esse período, que nos marcou positivamente em diversos aspectos!

Ter contato direto com os usuários do sistema de saúde, mais especificamente de saúde mental, permitiu abrir nossos olhos para novas formas de cuidado para além de uma consulta médica, reforçando a importância do trabalho em equipe e de cada profissional da área da saúde que atua de forma conjunta e individual para cada usuário. O contato com a equipe multiprofissional enriqueceu nossa formação, nos ensinando novas formas de cuidado como uma simples roda de dança, em que cada um traz consigo uma música que deseja compartilhar com o próximo e aproveitar o momento de descontração em equipe. As atividades oferecidas no CAPS propiciaram ensinamentos para além da medicina, nos mostrando que, como já dito, um simples momento de dança pode ser algo determinante para a melhora da qualidade de vida do usuário. Vale ressaltar que nossa equipe teve uma experiência dupla: acompanhamos no CAPS Dr. Rostan Silvestre e no CAPS Casa Verde, sendo essa atividade de dança citada realizada no CAPS Casa Verde, o que nos permitiu conhecer ainda mais usuários e equipes com propostas de atividades diversas. A reintegração e reaproximação dele na sociedade é algo essencial, e as atividades de cuidado diárias dos CAPS permitem tal feito. Esse estágio nos ensinou o olhar atencioso e a escuta ativa que devemos praticar a todo momento em nossa rotina médica, pois só assim conseguimos acessar o verdadeiro eu do usuário, nos aproximando e criando vínculos de extrema importância para a qualidade de vida do mesmo.

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4 Comentários

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Por patrinutri

Que legal saber desta experiência de vocês pessoal! Gostei muito da ênfase na dança como possibilidade de cuidado e a valorização da equipe multiprofissional como executora deste cuidado.
Somos seres coletivos e precisamos muito valorizar as potências de cada um neste universo de relações que é a saúde.
Obrigada por compartilharem por aqui.
Fiquei curiosa para saber como esta experência provocou em vocês que tipo de profissional de saúde desejam ser?
Eu certa vez tive uma experiência dessa que para mim foi transformadora, me fazendo desejar atuar mais de modo humanizado e coletivamente.
Compartilho com vocês meu relato na Tenda do Conto https://www.youtube.com/watch?v=_3UYXjXdEDE

    Por TIAGO ESTEVES DO REGO

    Olá! Fico feliz que você tenha se interessado pela nossa experiência no CAPS! A prática da dança foi realmente um momento transformador, pois nos mostrou que o cuidado em saúde mental vai muito além dos métodos tradicionais, proporcionando uma conexão mais humanizada e próxima com os usuários. Sobre a sua pergunta, essa vivência tem nos feito refletir sobre a importância de sermos profissionais sensíveis, que enxergam cada indivíduo como um todo, não apenas focados na doença, mas também nas suas histórias, potencialidades e desafios. Queremos ser profissionais que valorizam o cuidado integral e que trabalham lado a lado com uma equipe multiprofissional, sempre buscando o bem-estar pleno dos usuários. Muito obrigado por seu comentário e curiosidade!

Por TIAGO ESTEVES DO REGO

Durante nosso estágio no CAPS, tivemos a oportunidade de nos envolver em diversas atividades que nos proporcionaram um aprendizado valioso. Uma das experiências mais marcantes foi a visita domiciliar, onde pudemos conhecer o ambiente familiar dos usuários e compreender como fatores sociais e familiares influenciam diretamente no tratamento. Esse contato próximo nos ajudou a desenvolver uma visão mais ampla e sensível sobre a realidade dos pacientes, nos permitindo ajustar o cuidado de acordo com suas necessidades individuais.

Além disso, o acolhimento no CAPS foi uma etapa fundamental para entendermos a importância de oferecer um espaço de escuta qualificada e sem julgamentos. Percebemos como esse primeiro contato pode ser decisivo para criar vínculos de confiança e fortalecer o processo terapêutico. Ver o usuário sendo recebido de maneira humanizada nos inspirou a valorizar ainda mais essa abordagem de cuidado.

Outro ponto que nos marcou foi a constante discussão com a equipe multidisciplinar. Esse diálogo aberto entre os profissionais de diferentes áreas nos mostrou o quanto o olhar coletivo é importante para garantir um cuidado integral e eficiente. As diferentes perspectivas nos enriqueceram como futuros profissionais, ampliando nosso entendimento sobre as melhores abordagens para cada caso e reforçando a importância de trabalhar em equipe no cuidado em saúde mental.

Por Emilia Alves de Sousa

Olá, Rafaela e demais estudantes,
Seu relato é realmente inspirador! A forma como você destaca a interação com os usuários, abordando questões importantes como a escuta, o estar presente e o trabalho em equipe, reflete um cuidado acolhedor e transformador. Ações interativas como a dança não apenas acolhe, mas também promove o protagonismo e fortalece as relações de confiança e compromisso entre os usuários, acadêmicos e profissionais de saúde, qualificando ainda mais o cuidado em saúde.
Parabéns pelo relato e pela postagem aqui na rede!
AbraSUS!