EXPERIÊNCIAS DE HUMANIZAÇÃO EM LOCAIS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: CONSTRUINDO SABERES E CUIDADO

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EXPERIÊNCIAS DE HUMANIZAÇÃO EM LOCAIS DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: CONSTRUINDO SABERES E CUIDADOS COM BASE NA INTEGRALIDADE

Rosane da Silva Alves Cunha¹ – ro********@ho*****.com

Waleska Souza da Rocha² – wa*************@gm***.com

Eliana da Silveira ³ – el********************@gm***.com

Glaucio Diré Feliciano ⁴ – gl*********@ho*****.com

¹ Fisioterapeuta, Prefeitura Municipal de Volta Redonda, RJ. Mestre SMLTF/UERJ e Pesquisadora – UERJ/ZO

² Fisioterapeuta e Educadora Física. Mestre /UERJ. Pesquisadora UERJ/ZO

³ Fisioterapeuta. Pesquisadora UERJ/ZO; Mestre em SMLTF UERJ

⁴ Doutor em Ciências Nucleares. Professor UERJ Campus Zona Oeste

 

CONTEXTUALIZAÇÃO

A humanização nos espaços de ensino, pesquisa e extensão em saúde é um processo contínuo e coletivo de construção de saberes e práticas, pautado nos princípios do SUS e na valorização das relações humanas. A Política Nacional de Humanização (PNH) orienta ações que promovem o acolhimento, o diálogo e a corresponsabilidade entre usuários, profissionais e gestores. A humanização é um processo contínuo e coletivo que fortalece o cuidado, o ensino e a gestão em saúde, alinhado aos princípios do SUS. A Política Nacional de Humanização (PNH) orienta práticas que ampliam o acolhimento, a escuta qualificada e a corresponsabilidade entre usuários, profissionais, estudantes e gestores. No campo da formação, a humanização envolve integrar diálogo, ética, empatia e trabalho interprofissional às matrizes curriculares, preparando profissionais sensíveis às necessidades reais das pessoas (CORSINO & SEI, 2019; SILVA & SEI, 2021). Projetos de extensão, como o Sensibilizarte, mostram que a arte e as práticas expressivas ampliam a sensibilidade, fortalecem vínculos e humanizam as relações (MACHADO et al., 2019). Evidências recentes apontam que atitudes como a gentileza impactam positivamente a qualidade do cuidado, o bem-estar e os resultados em saúde (GRECO et al., 2025). Humanizar é valorizar pessoas, promover encontros potentes e construir saberes que transformam práticas, ampliam o cuidado e fortalecem o SUS (AYRES, 2015; BRASIL, 2013).

OBJETIVOS

Relatar experiências que integram ensino, pesquisa e extensão na promoção da humanização do cuidado e da formação profissional em saúde, desenvolvidas em instituições do estado do Rio de Janeiro.

DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS

As atividades envolveram estudantes, docentes e profissionais de diferentes áreas, por meio de rodas de conversa, oficinas temáticas e atendimentos supervisionados com foco no acolhimento e na escuta qualificada. Foram produzidos projetos extensionistas voltados à integralidade do cuidado e ao fortalecimento das redes de apoio.

RESULTADOS E PERCEPÇÕES

As ações favoreceram o fortalecimento de vínculos, a empatia e o protagonismo estudantil, promovendo reflexões sobre o papel social da universidade e a importância do cuidado humanizado nas práticas de saúde. Observou-se também o desenvolvimento de competências éticas e relacionais, ampliando a compreensão dos determinantes sociais da saúde.

PALAVRAS-CHAVE

Humanização; Formação em Saúde; Extensão Universitária; Ensino;SUS.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A integração entre ensino, pesquisa e extensão fortalece uma formação crítica, ética e sensível às necessidades humanas. A humanização, enquanto diretriz transversal, reorganiza modos de cuidar, gerir e formar, promovendo corresponsabilidade, diálogo e valorização das relações (BRASIL, 2013). Compreender o cuidado como encontro entre sujeitos — conforme Ayres — amplia a sensibilidade e a capacidade de atuação integral. Vivências curriculares e projetos de extensão que incorporam a humanização transformam percepções, fortalecem vínculos e preparam profissionais comprometidos com o SUS (CORSINO & SEI, 2019; SILVA & SEI, 2021). Projetos como o Sensibilizarte demonstram o potencial da arte para despertar empatia e cultivar ambientes mais acolhedores (MACHADO et al., 2019). Evidências atuais também mostram que atitudes de gentileza qualificam o cuidado e promovem bem-estar (GRECO et al., 2025). Humanizar é construir práticas sensíveis, solidárias e transformadoras, reafirmando a centralidade das pessoas e o compromisso social na formação em saúde.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização: documento base. Brasília: MS, 2013.

AYRES, J. R. C. M. Cuidado: trabalho e interação nas práticas de saúde. Rio de Janeiro: CEPESC, 2015.

CORSINO, D. L. M.; SEI, M. B. (2019). A humanização nas grades curriculares de cursos da saúde de universidades públicas paranaenses. Revista Psicologia e Saúde, 11(1), 43–52. doi:10.20435/pssa.v0i0.579. Acesso em: 11 out. 2025.

MACHADO, I. C.; MIRANDA, F. S.; SEI, M. B. (2019). O artesanato no projeto Sensibilizarte: potencialidades na prática da humanização. Interfaces: Revista de Extensão da UFMG, 7(1), 1–591. Disponível em: https://www.ufmg.br/proex/revistainterfaces/index.php/IREXT/article/view/401/pdf. Acesso em: 11 out. 2025.

GRECO, A. et al. (2025). What’s the role of kindness in the healthcare context? A scoping review. BMC Health Services Research, 25(1), 207. doi:10.1186/s12913-025-12328-1. Acesso em: 11 out. 2025.

SILVA, A. C. M.; SEI, M. B. (2021). A humanização na formação acadêmica em saúde: perspectiva de egressos de um projeto de extensão. Revista Psicologia e Saúde, 13(3), 3–18. doi:10.20435/pssa.v13i3.1269. Acesso em: 11 out. 2025