Ferramentas virtuais, como Portfólio Virtual, para motivar estudantes de medicina em tempos de Covid

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Ferramentas virtuais, como Portfólio Virtual, para motivar estudantes de medicina em tempos de Covid

A Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (FAMEPP/UNOESTE), no Campus de Presidente Prudente, utiliza Metodologias Ativas de Ensino e Aprendizagem desde o primeiro termo da Graduação em Medicina. O Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) passou por adaptações, em tempos de pandemia, pelo Covid 19. A Instituição de Ensino Superior aposta na utilização de atividades, como: “Casos Disparadores e de Semanas Integradoras de Disciplinas”, inserindo aspectos biopsicossociais, nos “Problemas de Papel” discutidos com os estudantes. Como Facilitadora das reuniões virtuais com os acadêmicos, entendo que, nas interações ocorridas no ensino remoto, não podemos desconsiderar a interatividade típica, entre aluno-aluno e alunos-docentes, ocorrentes graças às novas tecnologias de comunicação. Pelo contrário, os docentes são muito estimulados, nas reuniões virtuais de Educação Permanente, com ocorrência semanal, entre Coordenadores do PAPP e Facilitadores, com foco no fortalecimento dessa interatividade. É muito significativa a troca de informações e impressões, no uso das novas tecnologias pelos estudantes. Quando observamos a troca de mensagens, entre estudantes, pelo YouTube, Instagram ou as plataformas mais velozes, valorizamos ainda mais, as interações entre os aprendizes. Precisamos considerar que os acadêmicos formam suas opiniões por meio da interação e da troca de impressões.
Os Facilitadores do PAPP, muitas vezes, estimulam estudantes a transformarem as informações coletadas nas plataformas, e nos sites do Ministério da Saúde, relacionados às Políticas Públicas, em “folders eletrônicos”. O comando pedagógico não é verticalizado. Dessa maneira o estudante não interage com o grupo de acadêmicos, por meio do estímulo dos “Casos de Papel”, como objeto passivo, recebendo informações e repetindo-as. Pelo contrário, o docente do PAPP/FAMEPP/UNOESTE rechaça a “educação bancária”, e, desta maneira, fica sempre muito atento às condições concretas de estudo, capturadas nas “conversas” individuais e coletivas com os graduandos do Curso Médico. Além dos encontros virtuais “formais” com acadêmicos, os docentes se disponibilizam, em um grupo de WathsApp, a acolher as demandas dos estudantes, criando relações de respeito e confiança com os aprendizes. Nas interações entre docentes e estudantes, professores evitam saltar do “mundo real” para a construção idealizada de uma “aula normal” em meio ao caos. Muitas limitações trazidas pela Pandemia, em relação às interações entre Equipes de Saúde e Usuários do SUS, são “trazidas à baila”, nas discussões, com foco nos princípios da “Problem Based Learning” (PBL).
Os Professores do PAPP/FAMEPP/UNOESTE acreditam que a Educação para os futuros profissionais de Saúde não deve desvalorizar desenvolvimento social. Por isso, os Determinantes Sociais de Saúde, são muito utilizados na “construção dos Casos de Papel” pela equipe de “Proposição Curricular” e dos “Guias dos Tutores”, pela Coordenação do PAPP e pelos Professores, responsáveis de Turma, dos termos 1 ao 5 do PAPP. Sabemos que as avaliações dos estudantes, por meio de “notas” deve continuar a ser realizada, sem, entretanto, nos esquecemos que a educação deve ser baseada nas relações humanas. Não existe estudante que se concentre se está adoecendo ou se tem suas perspectivas abaladas pela ansiedade, trazida pela Pandemia do Covid 19. Por isso, os professores do PAPP sempre estão disponíveis para colocar em prática os Princípios da Política Nacional de Humanização, em suas interações com os futuros profissionais de Saúde. Como não existem possibilidades das aulas presenciais retornarem, neste momento, no qual recordes diários de mortes por Covid, se sucedem, no Brasil, continuaremos a motivar nossos acadêmicos, com utilização de “Casos de Papel”, com foco na “Ampliação da Clínica”, migrando do “Modelo Biomédico para o Biopsicossocial”. A Fiocruz sugere que somente quando chegarmos a um infectado novo por dia, a cada 100 mil habitantes, poderemos ter aulas presenciais. Enquanto aguardamos por dias melhores, vamos educando virtualmente, e colocando em prática os princípios da PNH nas nossas interações com os estudantes.

 

Referências:
Os quatro erros pedagógicos do ensino remoto. Disponível em:

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://outraspalavras.net/outrasmidias/os-quatro-erros-pedagogicos-do-ensino-remoto/&ved=2ahUKEwjygM_T-dXvAhWiH7kGHUoDC98QFjAAegQIBRAC&usg=AOvVaw0wnOF8zIh-9ca5HlMHUR2n

Acesso em 29 03 2021, às 11h 30min