Para sociólogo, não adianta fetichizar a tecnologia. A construção das soluções deve ter participação social, com educação e controle dos dados em prol de um salto na saúde pública coletiva. Ou em breve teremos o SUS submetido às big techs
Leandro Modolo entrevistado por Andréa Vilhena para o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz
As healthtechs têm atraído cada vez mais médicos e pessoas da área de TI, que juntos entram no mercado das startups, empresas que buscam soluções inovadoras, baseadas em um modelo de negócio escalável e replicável. Com o objetivo de atingir muitos clientes, utilizando novas tecnologias de informação e comunicação, as healthtechs são apresentadas como uma promessa de eficiência de gestão e ampliação do acesso aos serviços de saúde. As propostas parecem resolver muitas de nossas mazelas, mas será que os problemas de saúde em um país como o Brasil podem ser respondidos por soluções técnicas? Qual o papel da sociedade para garantir que as novas tecnologias estimulem, de fato, a democratização do acesso à saúde? Como elas se diferenciam das tecnologias de comunicação e informação utilizadas na área de saúde até aqui? Que tipo de formação o país precisa oferecer para garantir que seus cidadãos se beneficiem das tecnologias digitais? Para debater essas e outras questões e contribuir para o debate a respeito do impacto que a adoção das healthtechs podem ter para o SUS, o CEE-Fiocruz conversou com o sociólogo da saúde Leandro Modolo, que atualmente é doutorando em Saúde Coletiva na Unicamp, onde se dedica a pesquisar a saúde digital, em particular os aplicativos de automonitoramento da saúde do trabalhador.
Entrevista do site: Outras Mídias
Esta ideia do COOPERATIVISMO DE PLATAFORMA no SUS pode ser uma DIRETRIZ para a 17ª Conferência Nacional de Saúde