Autor 1: Isabela Gasparelli Barbosa, Banco de Multitecidos do INTO (ig*********@in**.br)
Autor 2: Monica Nunes. Banco de Multitecidos do INTO.
Autor 3: Ingrid Freire de Lima Bondim. Banco de Multitecidos do INTO.
INTRODUÇÃO: Os Bancos de Tecidos são estruturas importantes no cenário de transplantes do país, essenciais na manufatura de tecidos para transplante, que possibilitam a melhoria da qualidade de vida de pacientes. O momento da perda de um familiar gera sentimentos de angústia, medo e negação, e por outro lado podem ser a esperança na melhoria da qualidade de vida. Neste contexto, tanto para o paciente que aguarda um transplante quanto para o familiar que diz “sim” à doação no momento de luto, a humanização do cuidado é essencial para minimizar a dor, angústia e ansiedade.
OBJETIVO: Relatar aspectos desenvolvidos pela equipe de um banco de multitecidos do Rio de Janeiro, ressaltando sua relevância como ferramenta para humanização no processo doação-transplante.
MÉTODO: Estudo descritivo do tipo relato de experiência.
RELATO DE CASO: O Banco de Multitecidos atua na captação, processamento, armazenamento e distribuição de tecidos musculoesqueléticos, oculares e pele para diversas instituições de saúde públicas e privadas, atingindo diferentes unidades da federação. O processo de captação ocorre essencialmente no Estado do Rio de Janeiro. A equipe multiprofissional atua 24 horas por dia, durante os sete dias da semana. São profissionais que vivenciam o luto diariamente em sua rotina e, diante deste aspecto, a equipe possui engajamento forte na proposta de valor ao ser humano mesmo depois da morte. Analisando as práticas dos profissionais, evidencia-se que são adotadas medidas que buscam amenizar o impacto da perda para os familiares e que valorizam o “sim” no momento de luto como sinal de generosidade e empatia. Fundamentados por forte aspecto ético e legal, a equipe de um Banco de Multitecidos deve difundir diariamente a importância de práticas baseadas na qualidade e segurança do doador e receptor, garantindo que em todo processo se preserve o sigilo do doador e sua aparência através reconstituição do corpo preservando a anatomia e, devolvendo-o de maneira adequada aos familiares. Rotineiramente, os profissionais devem atuar compartilhando seus saberes e promovendo práticas educativas sobre doação-transplante de tecidos em hospitais e centros de formação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A comunicação sensível, aliada ao respeito pela decisão familiar, à transparência na transmissão de informações e a dignidade à pessoa humana são aspectos essenciais presentes nos profissionais que compõem a unidade.
PALAVRAS-CHAVE: Humanização; Bancos de Tecidos e Transplante de Tecidos, Mostra HumanizaRIO.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Portaria de Consolidação no 4, de 28 de setembro de 2017. Consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC no 707, de 1o de julho de 2022. Dispõe sobre as Boas Práticas em Tecidos humanos para uso terapêutico. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2022
BRASIL. Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). Banco de Tecidos. Rio de Janeiro, 2024. Disponível em: https://www.into.saude.gov.br/banco-de-tecidos. Acesso em: 14 out. 2025
Por patrinutri
Cara Isabela e demais participantes do Banco de Tecidos,
Muito bom conhecer um pouco mais sobre a experi~encia de você por aí!
Seria legal descrever um pouco mais sobre as vivências e atividades que vocês realizam entre vocês para possibilitar um suporte emocional e técnico para esta atividade.
AbraSUS!
Patrícia
Blumenau SC