Humanização x LGBTQIA+

Luiza Côas Bendlin (1) ,Júlia Cristina Ferreira (2)
1Graduanda em Medicina pela Universidade do Contestado (UNC)
2Graduanda em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

                     A humanização do paciente LGBTQIA + é um assunto bastante pertinente nos dias de hoje, dada a crescente no número de pessoas que se identificam com a comunidade, inserindo-se em uma realidade de vulnerabilidade dessa população. Para melhor compreensão do tema, é fundamental o entendimento dos termos corretos dentre as especificidades de gênero que integram o grupo LGBTQIA +. Termos como cisgenero e transgênero são relativamente novos na atualidade, sendo a primeira referente a pessoas que se identificam com o gênero designado ao nascimento, já o segundo ao oposto: identificação como o sexo oposto ou não-binário. O tema transgênero envolve muitos aspectos que abrangem: disforia de gênero, passabilidade e o estigma social, que torna este grupo em risco de vulnerabilidade social, principalmente na área da saúde.
Diante disso, é essencial destacar a importância de um atendimento humanizado e direcionado para as necessidades dessa população, criando um ambiente saudável, inclusive, com esforços direcionados para acolher o paciente LGBTQIA+. Primeiramente, durante a anamnese, faz-se primordial respeitar (e utilizar) o nome social e os pronomes da pessoa atendida, além de garantir o sigilo médico para todos, especialmente para adolescentes. Na abordagem dos agravos mais frequentes na população LGBTQIA+, destaca-se que existem questionários e técnicas específicas, valorizando o uso de termos que evitem a estigmatização. Ainda, durante o exame físico, é importante zelar pela privacidade do paciente, além de se atentar às particulares dos termos anatômicos utilizados. Vale lembrar que deve ser garantido um cuidado integral, com rastreamentos e orientações cabíveis, visando a promoção da saúde. Por fim, para além do consultório, o profissional de saúde deve estar empenhado em um esforço contra a desigualdade.

Referências:
SILVA, Diego Guedes da. Aula LAHCS PUCPR – Humanização LBTQIA+. 2024. Notas de aula.
Belém, J. M. (2018). et al. Atenção à saúde de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na estratégia saúde da família. Revista Baiana de Enfermagem, 32. Disponível em: https://doi.org/10.18471/rbe.v32.26475.
Sousa, F. B. & Sousa, P. M. L. S. (2021). Saúde LGBTQIA+: a vulnerabilidade das minorias sexuais. Research, Society and Development, 10(13), e273101321241. Disponível em: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21241.