Olá pessoas ♥,
Segue minha resenha critica sobre o caderno de psicologia hospitalar vol. 3 na qual interliguei os seguintes temas: Atenção hospitalar em rede. pg.9 ; Apelo à humanização da morte nas práticas de saude. pq. 81
A Organização mundial da saude em (2000) formulou um novo papel dos hospitais em que exige deles um conjunto de características, entre elas um lugar adequado para o manejo de eventos agudos, um projeto arquitetônico compatível com suas funções, amigável a seus usuários e densidade tecnológica compatível com essa realidade. Há décadas vivemos uma situação caótica de um paternalismo histórico, de uma visão enrijecida de saúde e de problemáticas instaladas sejam elas político, financeiro , assistencial, organizacional, de ensino e pesquisa nas unidades básicas em decorrência do mal planejamento e de identificação de possíveis falhas. Dessa maneira, se faz necessário estar atento aos “erros”, ao mesmo tempo que haja uma descontrução da visão equivocada da morte oculta, da “incapacidade” do usuário e do profissional da saúde.
Para Gorer (1965) a morte assumiu o papal do sexo, em um mundo que se diz moderno a favor da quebra de tabus, é de fato que ela assumiu um aspecto existencial oculto ocasionando um sofrimento exacerbado/amplificado ou diminuído/insensibilidade, fortalecendo e ou causando possíveis traumas individuais e de sentimentos como a incapacidade e ou a onipotência. É inegável que a problemática hospitalocentrica isolada contribui para o reforçamento de visões distorcidas de parâmetros estabelecidos quanto a cargos profissionais e de preconceitos dos usuários vindos de uma sociedade pré formada.
Shopehauer (1980) já dizia que não podemos furtar de experienciar a morte, nossa consciência vislumbra o futuro com base no passado vivido. Torna-se indispensável o deslocamento do foco da atenção prestada a doença/doente para a ampliação do serviço multidisciplinar, colocando assim, a assistência hospitalar em atenção terciaria de forma a introduzir a mesma em uma rede de serviços com efetividade social, sendo assim, um dos maiores desafios da contemporaneidade.
Cicely Saunders trouxe o conhecimento dos cuidados paliativos ao Brasil em 1980, promovendo uma nova visão na integração de cuidado,educação e pesquisa contribuindo para uma mudança em setores de cuidado e favorecendo a promoção da preservação da integralidade na relação médio,enfermeiro/paciente que atualmente se expande. A Política Nacional de Humanização (PNH,BR,2003) têm como proposito a construção e o fortalecimento de espaço de trocas de experiências entre os diferentes trabalhadores, gestores e usuários o que contribui para uma visão ampliada e modificação de pensamento.
Contudo, é relevante ressaltar que a complexidade ofertada de serviços e a heterogeneidade em rede também contribuem para essa dissociação porém, tendo enfoque no individuo como ser responsável por suas ações, adquirir conhecimento constante, trabalhar suas habilidades identificando e solucionando problemas de modo a aprender a ouvir, entender e compreender os limites de seus saberes, e da importância do estabelecimento da empatia e do respeito se faz necessário e indispensável, para a formação de vínculos a fim de uma maior resolução dos serviços prestados coletivamente e da afirmação profissional em prol da razão maior de todos os esforços que é o cuidado.
Acadêmica do curso de Psicologia/FISMA: Francini Nunes da Silva
Por patrinutri
Cara Francini,
Gosto muito desta ideia de considerar o hospital como “um lugar adequado para o manejo de eventos agudos” OMS 2000, em especial no que se refere a saúde mental. Espaço que por isso assume a característica de algo transitório que faz parte da rede de cuidados das doenças e restabelecer condições de saúde. Mas em não se conseguindo superar os desafios do quadro clínica se torna este lugar de morrer. E morrer fora do lar, fora das relações sociais. Atualmente já se fala bastante nos cuidados paliativos como um espaço do cuidado seja hospitalar ou domiciliar onde se permite a pessoas e suas relações sociais vivenciar esta morte como um espaço de reencontro, de amor, de vida para além da derrota, da tristeza sem consolo. O que você acha sobre isso? Gosto muito do livro da Dra Ana Claudia Quintana Arantes “A Morte é um dia que vale a pena viver” onde ela aborda esta questão dos cuidados paliativos como um espaço sobre tudo de humanização.