Interconexão saúde-espiritualidade-religiosidade: ensino, pesquisa e assistência na educação médica
Acaba de ser publicada na Revista de Medicina (São Paulo), revista acadêmica científica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a revisão intitulada “Interconexão entre saúde, espiritualidade e religiosidade: importância do ensino, da pesquisa e da assistência na educação médica”:
https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/149273
Disponibilizada nos idiomas Português e Inglês, essa revisão narrativa da literatura foi realizada em 2018 a partir de publicações existentes nas bases de dados MEDLINE (via PubMed) e LILACS (via BVS), descrevendo o panorama dos estudos que demonstram os efeitos positivos das práticas espirituais e religiosas na saúde física e mental dos indivíduos, evidenciando que sua incorporação às demais terapias pode incrementar o enfrentamento e a evolução clínica em inúmeras doenças.
Exemplifica na Doutrina Espírita ou Espiritismo os avanços e as limitações existentes nessa linha de pesquisa, em vista de ser um sistema ideológico de cunho científico, filosófico e religioso, disseminado mundialmente e seguido por 2% da população brasileira (em torno de 3,8 milhões de indivíduos) segundo o último censo demográfico.
No entanto, o estudo também alerta que pesquisas com desenhos apropriados devem ser realizadas, para diferenciar o ‘efeito terapêutico específico’ das intervenções espirituais/religiosas do ‘efeito terapêutico não específico’ ou ‘efeito placebo’ que o simbolismo espiritual e religioso desperta no psiquismo dos pacientes.
Atenciosamente,
Leituras Associadas:
Teixeira MZ. Antropologia Médica Vitalista: uma ampliação ao entendimento do processo de adoecimento humano. Revista de Medicina (São Paulo) 2017; 96(3): 145-158. Disponível em
Teixeira MZ. O vitalismo homeopático ao longo da história da medicina. Homeopatia Brasileira 2002; 8(2): 109-123. Disponível em
Teixeira MZ. A natureza imaterial do homem: estudo comparativo do vitalismo homeopático com as principais concepções médicas e filosóficas. 1ª ed. São Paulo: Editorial Petrus, 2000, 480 páginas. Disponível em
Teixeira MZ. O vitalismo hahnemanniano na prática clínica homeopática. Revista de Homeopatia (São Paulo) 2000; 65(2): 23-34. Disponível em
Teixeira MZ. A concepção vitalista de Samuel Hahnemann. Revista de Homeopatia (São Paulo) 1996; 61(3-4): 39-44. Disponível em
Teixeira MZ. Concepção vitalista de Samuel hahnemann. 1ª ed. São Paulo: Robe Editorial, 1997, 131 páginas. Disponível em
Por patrinutri
Importante pesquisa Marcus. eu acredito que não só medicamentos e procedimentos físicos podem promover a saúde. Acredito que as ações no campo do psicológico e também da espiritualidade atuam de modo positivo para a melhoria dos quadros de adoecimento.
Em especial destacaria os casos onde a ciência ainda não encontrou procedimentos físico-químicos, criando, em muitos casos, a fé e esperança como possibilidades únicas como campo de enfrentamento destes quadros clínicos.
Já ouvi muitos relatos de casos de pessoas que enfrentaram o câncer com otimismo e fé e tiveram exito, ao contrário de outras pessoas que perderam a esperança e estavam depressivos e que tiveram o agravamento do quadro clínico.
Importante demais acrescentar leituras científicas a estas situações relatadas.
AbraSUS