LUTA ANTIMANICOMIAL E OS 30 ANOS DA LEI ESTADUAL DA REFORMA PSIQUIÁTRICA-RS

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Luta antimanicomial no Rio Grande Sul

Moisés Moraes e Vitória A.

Estudantes do 4º semestre curso psicologia FISMA.

A luta antimanicomial no Brasil, porem especialmente no RS, tem fortemente o intuito de ter um cuidado com pessoas que possuem transtornos mentais, de maneira a ofertar um tratamento mais humanizado, considerando a subjetividade das pessoas.

Dessa forma, vem rompendo com o modelo tradicional de internação das em manicômios, onde eram tratados de forma muito distante de ser humano, ficando enclausurados e isolados da sociedade, como se não fossem dignos o suficiente de andar no seio social, ou pior oferecessem rico de contagio incurável.

Sabe se que, em 1992 a lei Estadual número 9.716, foi um grande marco da reforma psiquiátrica no RS, pois promoveu de maneira muito efetiva o fechamento progressivo de hospitais psiquiátricos, mas também proporcionando como alternativa mais humanizada a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), cujo foco é a reintegração social do cidadão, bem como o atendimento comunitário.

Além disso, avanços como a valorização de direitos humanos, a descentralização do cuidado e o modelo totalitário que regia tais instituições, a reforma ainda enfrenta desafios gigantescos, tais como: a escassez de recursos, principalmente a aplicação de verba nos CAPS, e não só neles, mas também em todos os serviços substitutivos em geral; Infraestrutura para atendimento, bem como a déficit de terapeutas ocupacionais, psicólogos, psiquiatras , além da persistência de preconceitos, estigmas, enfraquecimento da rede e recuo políticos.

Portanto, a luta antimanicomial ainda não acabou, pelo contrario, permanece super atual e é de fundamental importância para garantir um tratamento digno, humanizado e que garanta o direito de cidadania de pessoas com transtornos mentais.