Hoje é o dia de reunir vivências, contar as experiências dos bastidores. Mostrar rostos e sentimentos por trás das câmeras.
Foi uma rica experiência esta do concurso de vídeos. Conhecemos muitos trabalhos realizados no SUS que envolvem a humanização e pudemos ter uma ampla dimensão da força e da potência da PNH no Brasil.
Além disso, construímos uma memória importante para o SUS de assegurar seus princípios para a Saúde coletiva brasileira.
Nove experiências bem sucedidas e inovadoras de humanização no SUS foram reconhecidas pelo Ministério da Saúde por meio do Prêmio #HumanizaSUS. E para mostrar esses casos de sucesso, cinco cineastas foram convidados para viajar pelo Brasil e contar essas histórias.
1. Cersami – A clínica feita por muitos. Direção: Alice Riff
Tema: Projeto de Saúde Mental, similar ao CAPS, que faz atendimento juvenil de casos de psicose e neuroses graves. Os jovens fazem natação, cozinham e as atividades ajudam a reduzir a medicalização. Cidade: Betim – MG
2. HDT. Humanização Contagiante. Direção: Quelany Vicente
Tema: Projeto no hospital de Doenças tropicais em Goiânia.. O projeto trata da maneira como os profissionais se relacionam entre si e com os pacientes. A humanização está em todos os sentidos, principalmente no atendimento. Cidade: Goiânia – GO.
3. Permaneço eu, permaneço tu, permanecer SUS. Direção: Celina Lerner
Tema: Projeto educacional que envolve secretarias de educação, da saúde e universidade e vários hospitais. O projeto tem o intuito de integrar estudantes no SUS, promovendo melhorias no atendimento. Cidade: Salvador – BA.
4. Maior que o Infinito é a Encomenda. Dona Lindú. Direção: Diogo Martins, Rafael Frazão.
Tema: Projeto sobre o parto, a importância do atendimento humanizado no pré-natal no hospital Dona Lindú em Manaus. Cidade: Manaus – AM.
5. Cura e Carinho. Direção: Celina Lerner.
Tema: Projeto sobre o atendimento no ambulatório de hanseníase, doença que estigmatiza os pacientes. Aborda o tratamento em rede e humanizado da hanseníase. Cidade: Brasília – DF.
6. Do que vem antes. Direção: Diogo Martins
Tema: Projeto sobre o atendimento a idosos no Centro de Saúde do Idoso em Blumenau
Cidade: Blumenau – SC.
7. Igaraçu – Canoa Grande. Direção: Fabio Bardella
Tema: UBS Fluvial – Projeto sobre o atendimento dentro do barco no Rio Madeira em comunidades indígenas. Cidade: Borba – AM.
8. Doulas: O toque que faz a diferença. Direção: Alice Riff
Tema: Projeto sobre o trabalho das doulas integrado ao dos profissionais de saúde do hospital Nossa Senhora das Graças, em Sete Lagoas, que faz em média 400 partos por mês. Cidade: Sete Lagoas – MG.
9. Clínica Ampliada – A Odonto Além da Boca. Direção: Fábio Bardella
Tema: Graduação Odontologia. Projeto com estudantes de odontologia, com enfoque na formação generalista. A universidade insere o jovem na sociedade por meio da clínica no SUS. Cidade: Maringá – PR.
Os diretores com sua criatividade e sensibilidade buscaram mostra o que há de potência para o SUS em cada experiência vencedora do Premio Humanizasus. Como expressa aqui a diretora Quelany Vicente onde fala como fez a leitura sobre humanização “um substantivo abstrato”, mas que se expressa como ações e gestos e, em especial, na disposição para ouvir e dialogar considerando as demandas existentes.
Alice Riff, diretora de cinema de São Paulo, com uma importante filmografia dirigiu oito curtas metragens documentais, com exibições em festivais nacionais e internacionais, como São Paulo International Film Festival, Mostra de Tiradentes e Cachoeira Doc. Entre seus trabalhos recentes estão os curtas: Orquestra Invisível, Let’s Dance (2016; Prêmio Aquisição TV Cultura), 100% Boliviano, Mano (2013; Melhor Filme Educativo no Festival Entretodos de Direitos Humanos); Cidade Improvisada (2012; Melhor Filme no Festival: Visões Periféricas); Diálogos (2012, Melhor Filme no Festival Cinesul). Também fez produção executiva no longa documental: “Histórias que nosso cinema (não) contava, dirigido por Fernanda Pessoa. Atualmente está finalizando o documentário de longa-metragem “Abigarrados”, que é diretora. (Fonte: https://riff.tv.br/quem-somos/ )
Quelany Vicente, roteirista e diretora audiovisual de São Paulo, já realizou vários filmes e concorreu a muitos prêmios. Conheça mais em https://www.youtube.com/user/quelanyvicente
Celina Lerner É documentarista independente desde 1998. Formada em jornalismo e mestre em sociologia pela Universidade de São Paulo, trabalhou na TV Globo, TV Cultura e diversas produtoras como jornalista, roteirista e diretora de documentários. Entre seus curta-metragens destaca-se “Parece Não” (2000), sobre moradores de um trem abandonado exibido no festival Mix Brasil e na TV Cultura.
Diogo Martins Filmou o longa-metragem Através (2015), o média O outro lado da notícia (2009) e o curta Entre Vielas (2008). Atualmente está filmando uma ficção com refugiados haitianos em São Paulo. É sócio da produtora Estrangeira Filmes em São Paulo https://vimeo.com/estrangeirafilmes
Rafael Frazão: É artista visual e videomaker, graduado em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência na realização de diversos projetos audiovisuais em diferentes linguagens como cinema, ficção e documentários de longa e curta duração, webséries, broadcasting, projetos de arte e tecnologia, fotografia e outras linguagens audiovisuais. Com sua produtora Filmes para Bailar produz conteúdo desde 2009, principalmente nos campos de intersecção entre arte, tecnologia e direitos humanos. Co-criou o coletivo de empresas e ativistas Casa da Cultura Digital, o festival de intervenções urbanas e direitos à cidade Baixo Centro e uma série de ações relacionadas a apropriação crítica das tecnologias e a cultura livre. Atualmente, além da continuidade dos trabalhos com a produtora, estuda abordagens da neurociência na performance cênica com a obra Objeto Descontínuo, desenvolve o longa-metragem de ficção cosmopolítica São Pã, articula a rede Tecnoxamanismo e compõe o coletivo Ruínas.
Fabio Bardella É diretor e fotógrafo audiovisual. Tem o trabalho voltado para a construção e novas possibilidades na linguagem e estética documental. Dirigiu os longas “Através”(2015), “Osvaldão”(2014) e os curtas ” Estação Bahia”(2012) e “Armazém do Limoeiro”(2017). Como fotógrafo assina as séries “História da Alimentação no Brasil”(2017) e “Ocupações”(2018), entre outros projetos.
E ao mesmo tempo a área técnica da PNH acompanhou, com sua equipe, o passo a passo de cada construção, não só como expectadores, mas como apoiadores no sentido de incluir os princípios e diretrizes da PNH em cada etapa viva do projeto de documentário.
Agradecemos a todos os envolvidos e, em especial, as equipes nos diversos territórios que seguem sustentando estas experiências, com garra e força para promover um SUS de qualidade, humanizado e democrático.
Por Emilia Alves de Sousa
Foi muito gratificante rever cada vídeo com os relatos das experiências do “SUS que dá certo”. Poder se encantar e se inspirar com as falas, com os olhares, com os modos diferentes de fazer. Poder se encantar com as relações solidárias/comprometidas e com os afetos estabelecidos entre as equipes de trabalho e os usuários.
Cada experiência narrada trouxe aprendizados, encantamentos que fizeram rolar a emoção chegando ao marejamento dos olhos. Muito bom. Este é o SUS que todos queremos. Um SUS humano, solidário, implicado, com compromisso ético/político.
Que venha outro concurso de vídeo como este para mostrar o “SUS que dá certo” pelo país afora!
AbraSUS!
Emília