O MATRICIAMENTO COMO FORMA DE INTEGRAÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO A SAÚDE
Oi gente, tudo bem? Me chamo Paulo e sou estudante do curso de Psicologia na cidade de Teresina/PI. Gostaria de compartilhar com vocês uma experiência que obtive em um dos meus estágios a respeito da importância de se realizar matriciamentos.
Estagiei em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e uma das diretrizes que regem a politica de atenção a saudê mental é a desinstitucionalização. Portanto nada mais comum do que pessoas com transtorno mental necessitarem de serviços que são ofertados em outra unidade fora do CAPS. Por exemplo, o que fazer quando sentir uma dor de dente?
Sim, devo procurar instituições, tanto da saúde como da assistência social e outras, que promovam a integralidade dos meus direitos. Mas como os profissionais que trabalham nessas outras redes de apoio devem agir diante de uma pessoa com transtorno mental?
Acredite, existem muitas duvidas e eu também compartilho delas….
Na oportunidade que tive realizamos,juntamente com minha supervisora de campo, matriciamento ou apoio matricial a uma Unidade Básica de Saúde nas proximidades territoriais do CAPS ao qual estava veiculado. Foi uma experiencia riquíssima e de grandes trocas. O matriciamento permite oferecer esse suporte que os profissionais tanto desejam saber para obter o manejo necessário diante esses sujeitos. A oportunidade foi incrível! Geramos debates com a grande maioria dos profissionais da UBS, como dentistas, médicos, enfermeiras, agentes de saúde e afins, a respeito de mitos e verdades sobre o transtorno mental e os cuidados que são necessários para a realização do atendimento como ter empatia e sempre ouvir as demandas dos usuários.
O matriciamento não consiste em um saber superior a outro, muito pelo contrário. É através das trocas entre os profissionais que alcançamos grandes ideias que promovem o bem-estar dos indivíduos.
E vocês? Conhecem ou já participaram de experiências desse gênero? Caso positivo, fale aí nos comentários. Vamos discutir juntos sobre práticas mais humanizadas. Eu topo, e você?
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Bela chamada à conversa, Paulo! E num momento precioso de mudanças na lógica antimanicomial.
Vamos potencializar as trocas pois as lutas no âmbito micropolítico como este que vc propõe serão fundamentais agora.
AbraSUS!