O Papel do Psicólogo na atenção básica de saúde com pacientes Suicidas

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Olá pessoal ! Meu nome é Gabriel, sou aluno do curso de Psicologia da Faculdade Integrada de Santa Maria – FISMA, estou no 4° semestre letivo e busco com este post propor uma discussão e, talvez, possíveis intervenções no que se refere ao suicídio nos atendimentos básicos de saúde.

Lembro-me que em uns semestres anteriores recebemos uma visita de uma psicóloga hospitalar, ela contou sobre suas experiências como psicóloga na área da saúde e, dentre elas, a questão de pacientes suicidas, no qual ela mencionou que há a necessidade de fazer com que este saia do hospital no mínimo sem a intenção suicida. Desde então tenho ficado curioso, não somente na psicologia hospitalar mas também no atendimento a este tipo de demanda, que infelizmente não tem uma boa visualização na mídia, no sentido de que o suicídio ainda é um “Tabu” no Brasil. Por coincidência, estou estagiando em um órgão municipal que atende jovens e adolescentes que se automutilam e/ou já tiveram experiências suicidas. Com isso, descobri como o suicídio é sutil, irreverente aos olhos de quem não tem uma observação mais detalhada do comportamento humano ou de possivelmente apenas conseguir identificar os sinais de socorro.

Diante disso, sabemos que a área hospitalar para o psicólogo é nova e carece de técnicas e estratégias para prestar seus serviços, tendo em vista que o psicólogo ainda carrega o estereótipo de seu atendimento clínico e de que se não for assim o trabalho não funciona. Certamente, precisamos nos reinventar todos os dias, ao meu ver, quando trabalhamos com a novidade, mas isso não significa que o atendimento se torne ruim. Tentei fazer algumas pesquisas para encontrar material e embasar o assunto proposto pelo post mas não obtive muito sucesso, então sugiro uma breve discussão, e se possível, buscando alguém que tenha mais entendimento na área.

Segundo Rocha, M. (2016) A atenção básica de saúde pode ser compreendida como um conjunto de práticas que abrange a promoção e manutenção da saúde, o diagnóstico social, a prevenção de agravos, a redução de danos, a cura e reabilitação de condições físicas/psíquicas/emocionais mais comuns. Com isso, acredito que o psicólogo tenha uma boa atuação junto de uma equipe multidisciplinar na prestação deste serviço, tendo em vista que o indivíduo é bio-psico-social “transformado” e transformador do ambiente em qual se encontra.

Finalizando então, acredito em algumas possibilidades de prestação de serviços do psicólogo em atuação na atenção básica de saúde, sendo elas, trabalho com grupos específicos, visitas domiciliares, atendimento aos profissionais e/ou cuidadores, como também a possibilidade de um plantão psicológico, visando a demanda de suicídio ou necessidades afins. Com certeza temos muito trabalho a fazer, um deles é lutar para manter vivo estes atendimentos gratuitos, que a pesar dos pesares, tem grande potencial e qualificação no serviço prestado.

Referências:

AMORIM, Fázia Beatriz Torres; ANDRADE, Andréa Batista de; BRANCO, Paulo Coelho Castelo. Plantão psicológico como estratégia de clínica ampliada na atenção básica em saúde. Contextos Clínicos, v. 8, n. 2, p. 141-152, 2015.

ROCHA, Matheus Barbosa et al. Possibilidades de atuação profissional do psicólogo no âmbito da atenção básica em saúde. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 29, n. 1, p. 117-123, 2016.