Novo post do portal Slow Medicine fala da novo e polêmico documentário do Netflix – Operação Enganosa – sob o olhar da advogada e colaboradora do movimento Slow Medicine, Lívia Callegari. A seguir, trecho da reflexão:
“Fato é que, de há muito, esses engodos são alardeados em face da indústria de medicamentos que, apesar de terem mecanismos próprios de ocultação de danos, estes nem sempre têm se demonstrado absolutamente eficazes e, a cada dia, são desvelados de maneira notória. Nesse diapasão, é importante mencionar a publicação do livro Medicamentos Mortais e Crime Organizado, cujo autor, Peter Gozsche, é um dos fundadores da Colaboração Cochrane, e por possuir larga experiência com os meandros dos Laboratórios Farmacêuticos, deflagra as inúmeras atrocidades cometidas pelas citadas instituições.
Nesse sentido, com o ímpeto de despontar a atenção para uma realidade por muitos desconhecida, o documentário/denúncia Operação Enganosa, transmitido pela Netflix, traz relatos de casos sensíveis à questão dos Dispositivos Médicos, tão negligenciada pelas autoridades e pela comunidade médica. Em seu conteúdo aponta claramente aspectos de corrupção ligados à indústria, governos, instituições e profissionais de saúde e escancara, de maneira objetiva, o sistema falho de aprovação de dispositivos de saúde. Percebe-se a manipulação no que se refere à sua segurança e os bilhões de dólares que são desperdiçados não apenas para a aquisição – ladeado por um inescusável esquema de aliciamento e suborno, mas também, em virtude da necessidade de sanar os danos pelas complicações causados por esses produtos.”