Um dos passatempos favoritos de crianças e adolescentes (e de alguns adultos também) é jogar videogame. Quando o hábito passa a afetar a saúde mental e física do indivíduo, isolando ele de atividades sociais e prejudicando em outras necessidades ou tarefas, pode ser que tenhamos o desenvolvimento de um transtorno, um tipo de vício. É para esse comportamento que a 11ª revisão da CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), feita pela OMS e com lançamento previsto para este ano, pretende padronizar a abordagem, o tratamento e as pesquisas no campo da saúde. Confira este Papo Saúde para entender melhor quais são os sinais de alerta para saber quando se deve buscar ajuda especializada. Bom vídeo!
O Papo Saúde é uma série de vídeos que aborda as novidades científicas e de políticas públicas na área da saúde. O objetivo é ampliar as reflexões e a compreensão sobre saúde e cidadania de forma descontraída, sem perder o foco no interesse público e na relevância das discussões propostas. Os vídeos também buscam servir como instrumento de comunicação entre os profissionais de saúde e o público em geral. Compartilhe o vídeo com a sua equipe e amigos!
Mande as suas sugestões de temas, críticas e correções para continuarmos desenvolvendo um trabalho em sintonia com você! Acompanhe o Telessaúde SC no Facebook e também no nosso site.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
queridos comp@s do Papo Saúde,
A difusão de certos modos de pensar e sentir, enfim, os modos de vida que predominam hoje nem sempre são produtores de saúde. Ao contrário, produzem uma proliferação de diagnósticos ou rótulos que se colam aos sujeitos que com eles se identificam. Depois de efetuada esta operação, muito dificilmente os sujeitos dela conseguem se livrar. Trinta e cinco anos de trabalho clínico na saúde mental alicerçam a minha busca por outros modos de ver as questões da infância e adolescência, plenamente efetivos na abordagem dos sofrimentos contemporâneos.
Os CIDs e DSMs na área da saúde mental têm caminhado na contramão da saúde e feito a proliferação acima referida, levando-nos, indiscriminadamente, a nos colocar “voluntariamente” em suas classificações demasiadamente voltadas para as doenças.
Manifestações da infância e adolescência não podem se tornar transtornos psicopatológicos e muito menos ser padronizados como pretendem as classificações, com o risco de plasmar, cristalizar identidades para sempre. A multiplicidade de abordagens deve ser estimulada para que haja justamente o respeito à diversidade do comportamento humano.
“É para esse comportamento que a 11ª revisão da CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), feita pela OMS e com lançamento previsto para este ano, pretende padronizar a abordagem, o tratamento e as pesquisas no campo da saúde.” Isto vai contra toda a política de humanização preconizada pela PNH.
Precisamos conversar, abrir questões por aqui, onde se reúnem tantos atores da saúde.
Vamos lá?