PROJETO “MÚSICALEGRA” TRAZ BENEFÍCIOS PARA PACIENTES DA UTI NO HOSPITAL REGIONAL TEREZINHA GAIO BASS
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o local onde se encontram os pacientes críticos. A presença de tecnologias avançadas de suporte à vida, cuidados intensos e constantes são acompanhados do contato restrito aos familiares. Foi pensando nesse contexto que surgiu o projeto “MúsicAlegra” no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso de São Miguel do Oeste – Instituto Santé, que leva o som como terapia aos pacientes da UTI sem sedação.
O objetivo é proporcionar o relaxamento físico e mental, alívio da ansiedade e do estresse, além da melhora do humor, atenção, concentração, memória e comunicação interpessoal. Segundo a psicóloga clínica, Daniela Filipini, a literatura demonstra que a música é um canal que alivia sintomas de várias dores devido ao fato de atingir o sistema límbico, região do cérebro responsável pelas emoções, motivações e afetividades.
“O som faz emergir sentimentos e recordações da vida do paciente e pode auxiliar no enfrentamento e recuperação. Além disso, facilita no relaxamento muscular e reduz os estímulos sensoriais”, descreve a psicóloga.
O projeto iniciou em novembro de 2019 e já apresenta resultados positivos, trazendo distração e calma aos pacientes da UTI e humanizando a assistência. A paciente R. A. L., de 33 anos, participou do projeto e relatou que a música auxiliou no período de hospitalização, pois ajuda a passar o tempo, a “desligar” do ambiente estressante, acalmando-a. “Eu já tinha o hábito de escutar música e relaxar. Fazer isso aqui, relembrou desses momentos do dia a dia, fazendo o período de internação passar mais rápido”, afirma.
Como funciona
O rádio e os fones de ouvido são doações voluntárias e auxiliam na execução do projeto. Os equipamentos são higienizados e preparados para o ambiente da UTI, proporcionando segurança.
A identificação de pacientes para o projeto é realizada pela equipe assistencial, conforme condições clínicas, emocionais e interesse do participante. Cada caso é avaliado individualmente pela psicóloga clínica da instituição. A pessoa internada tem as opções de ouvir emissoras de rádio locais, ou músicas do gênero musical de sua preferência, pelo tempo que avaliarem ser positivo.
Por Emilia Alves de Sousa
Que bela iniciativa de humanização do cuidado em saúde na UTI! Seria interessante a realização de uma escuta dos pacientes por ocasião da alta na UTI, para saber o impacto desse projeto no tratamento deles.
Parabéns ao coletivo de cuidadores envolvidos!
AbraSUS
Emília