Olá, somos os acadêmicos Bruna Martins e Mauricio Sodré, do 4º semestre do curso de graduação em Psicologia, pela Faculdade Integrada de Santa Maria/FISMA. A partir das provocações feitas na live “Rede de Atenção Psicossocial -RAPS” ofertado pelo canal “Escola Livre de Redução de Danos ” iremos destacar aspectos importantes que devem ser cada vez mais debatidos e explanados quanto a política de saúde mental e a Rede de Atenção psicossocial para usuárias e usuários de drogas.
A necessidade de ainda abordar temáticas como a Reforma Psiquiátrica e a Luta Antimanicomial se dá, pela carência da efetividade e do alcance das Políticas Públicas em Saúde Mental, que embora tenha dado um grande avanço desde o início da reforma, com a criação dos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) e outras redes de apoio, ainda é uma problemática atual que deve ser debatida, ao considerar que práticas manicomiais como, o isolamento e a violência, ainda se fazem presente na vida dos indivíduos vulneráveis, que ficam em instituições que os marginalizam. A construção de uma rede comunitária de cuidados, que seja efetiva, abrangente e substitutiva aos manicômios, é essencial para a consolidação da Reforma Psiquiátrica. Essa construção que teve seu início a partir do Movimento da Reforma Sanitária, deve ser capaz de formar um conjunto que seja acolhedor, inclusivo, plural e empático à pessoa em sofrimento psíquico e seus familiares, que necessitam desse apoio. No entanto, bem como foi pauta da live, para que possamos alcançar a consolidação dessa construção, é importante que a luta continue, e para isso, se faz necessário momentos como estes, de reflexão e debates, dentro das faculdades brasileiras e expansivo às comunidades.
Ademais, é necessário um olhar mais atento e politicas publicas mais estruturadas para usuários e usuárias de álcool e drogas que vivem em sofrimento psíquico, visto que, grandes números dessas pessoas vivem à margem da sociedade, e a precariedade de atenção e acolhimento ainda é maior quando refere-se a mulheres negras e homens negros. É imprescindível que o Estado proporcione um modelo de gestão social democrático, que atenda de modo efetivo as demandas destes usuários, visando o respeito à dignidade e a equidade.
Todavia, as redes de apoio comunitárias integradas ao Sistema único de Saúde (SUS), que já estão em ação, como o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) e as Unidades de Acolhimento (UAs), já contribuem de forma resistente e admirável na promoção da vida, saúde, cidadania e inclusão. Agora, basta que esse movimento siga as diretrizes da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), para que a reforma se consolide e proporcione o acolhimento atento e plural dos sujeitos em sofrimento psíquico. A luta, o movimento e a reflexão devem resistir e continuar.
Obs: A live contou com a participação dos especialistas: Pollyana Pimental (Assistente social, Dra. em Saúde Coletiva (Unifesp), Coordenadora Técnica da Residência Terapêutica – IMIP, Docente da Uninabuco e Conselheira do Conselho Municipal de Políticas sobre Álcool e outras Drogas de Recife. Membro do Gead/UFPE e do Núcleo de Estudos sobre Epidemiologia – EPIPREV/Unifesp); Raquel Gouveia (Assistente social, Professora na Escola de Serviço Social (ESS/UFRJ) e colaboradora no programa de pós-graduação em Política Social (PPGPS/UFF) e Otaviano Lopes dos Santos (Redutor de Danos, representante do Grupo de Pesquisa e Extensão Diverso. Bolsista do Centro Regional de Formação em Políticas sobre drogas e Direitos Humanos. Unifesp Baixada Santista).
Por Emilia Alves de Sousa
Olá Bruna Martins e Maurício Sodré,
Benvindos à Rede HumanizaSUS trazendo esse abordagem sobre um tema tão importante, neste cenário de pandemia e de desmonte da saúde mental!
Parabéns pela postagem e continuem compartilhando conosco as experiências de vocês no território do SUS!
AbraSUS
Emília