Olá, meu nome é Alexandre Sagaz dos Santos, aluno de psicologia do 4° semestre na FISMA – Santa Maria/RS.
É com satisfação que deixo mais uma reflexão sobre o assunto neste espaço, começando pelo potencial humano.
Quando falamos no potencial de um ser humano, estamos falando de uma força quase que imensurável, não pela força em si, mas pela capacidade de se reconstruir, se refazer, se reinventar, mudar pensamentos que mudam emoções, mudando assim seu comportamento e seu modo de viver.
Gosto de pensar no dualismo cartesiano quando o assunto é potencial humano, pois segundo Descartes (1641), o homem é constituído por duas substâncias: a alma, ou coisa pensante, e o corpo, ou coisa extensa […], dando a ideia de que devemos nutrir o corpo para obtermos saúde, mas também a mente, pois é parte regente do que somos e o que delibera todas as nossas ações.
A produção de algo que ficará para a posteridade e servirá como inspiração para outros, dignifica quem produz, transfere a energia ao próximo, energia esta que muitas vezes nem sabíamos que existia.
Como o próprio texto fala, “o produto final carrega as marcas do processo, onde encontramos muitos elementos e atravessamentos”, e isso afeta quem produz e quem consome o produto.
Seguindo a ideia de Spinoza (1677, p.99) de que o corpo humano pode ser afetado de muitas maneiras, pelas quais sua potência de agir é aumentada ou diminuída […], a terapêutica em um ambiente onde se descontrói o pensamento dicotômico de doença ou saúde tende a valorizar o ser humano e suas habilidades, aumentando a sua potência de agir, sua autoconfiança, evidenciando seus valores e objetivando seus atos.
Apesar de ainda ser um tratamento, este tipo de terapêutica coloca o paciente em posição de igualdade com o terapeuta, reduzindo o abismo entre o saber médico e a sujeição do doente, pois nem o saber do médico, nem a doença do indivíduo estão em voga, mas a inteiração de dois seres humanos em prol de um só objetivo, que é a melhora.