Roda de conversa sobre cogestão como modelo eficaz na condução dos CAPS de Maceió
Trabalho realizado na disciplina Humanização da Saúde, do Mestrado Profissional de Ensino na Saúde, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (MPES-FAMED-UFAL).
Autoria:
Marcia de Moraes Arruda – Assistente Social da Secretaria Municipal de Saúde.
Estudante do mestrado Profissional de ensino na Saúde.
Sérgio Seiji Aragaki (coord. da disciplina) – MPES-FAMED-UFAL
Cristina Camelo de Azevedo (coord. da disciplina) – MPES-FAMED-UFAL.
Roda de conversa com Tecnicos da Gerência de Atenção Psicossocial da Secretaria Mucicipal de Saúde e Coordenadores dos Centros de Atenção Psicossocial sobre PNH.
A roda de conversa sobre a PNH, mais especificamente sobre a cogestão, modelo de gestão preconizafo pelo SUS, aconteceu numa sala do CAPS Alcool e Drogas de Maceió, local onde a Gerência de Atenção Psicossocial esta alojada devido a reforma da Secretaria Municipal de Saude de Maceió.
Para chegar ao tema proposto, utilizei uma estratégia de solicitar o tema: modelo de gestão, como ponto de pauta de uma reunião ja agendada da gerência com os coordenadores dos CAPS.
No momento em que o tema proposto passa a ser discutido, facilitei a discussão do tema possibilitando que a palavra circulasse na roda de forma livre, refletindo sobre a pratica de cada coordenador em seu ambiente de trabalho e de como os servidores tem se conduzido frente a forma de gerenciamento dos mesmos.
Foram apresentados várias dificuldades quanto a organização do trabalho e ao vínculo com os servidores, o que vinha sendo um ponto de conflito dentro do Serviço.
Após a apresentação das questões trazidas por cada um, foi pontuado um resumo sobre o modelo de gestão proposto na PNH e sugerido que essa discussão fosse levada para cada serviço. Esse momento foi encerrado com a formação de um núcleo gerenciador formado por tecnicos da gerencia, coordenadores administrativos dos CAPS e um tecnico de apoio que estará fazendo parte da gerência local (grupo denomidafo atualmente como núcleo gerencial) incentivando a participação dos demais servidores e usuários nesse modelo de gestão.
Essa discussão sera redescutida a cada mês, vomo estrategia de educação permanente, a fim de que os coordenadores contratados para o cargo possa absorver melhor a proposta do SUS, assim como os demais tecnicos e usuários venham a ter acesso a um modelo de gestão preconizado pela PNH.
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Márcia, excelente a escolha do tema para discussão
O trabalho em saúde, pela sua complexidade, impõe um fazer em equipe, que possibilite os sujeitos envolvidos colocarem em análise os processos de trabalhos, os desafios demandados no dia-a-dia institucional, na busca de soluções coletivas para as intervenções/ ajustes necessários. Um trabalho de cogestão que valorize a inclusão e a participação de todos. E a roda é o método estratégico para esse fazer coletivo.
Como diz Gastão Wagner:
A ampliação da autonomia de uma pessoa depende sempre da ampliação de sua capacidade de compreender e de agir sobre o mundo e sobre si mesma. O trabalho em saúde objetiva alterar uma situação considerada inadequada; aposta em um devir, isto é, em um processo de mudança. Implica, portanto, na intervenção ativa de sujeitos que irão mobilizar recursos para alterar a situação negativa. Dificilmente haverá projeto compartilhado, alguma forma de co-gestão, sem a construção de objetos de investimento que motivem usuários, equipes e redes de apoio a saírem de si mesmos sem abandonar-se (CAMPOS, 2006)
Compartilho aqui um relato compartilhado na rede pela Conceição Valença que traz a potência da roda no trabalho em saúde. Uma reflexão disparada a partir do post do psicólogo Erasmo Ruiz, O fetiche da roda.
https://redehumanizasus.net/10276-o-fetiche-da-roda-seguindo-com-as-reflexoes/
AbraSUS!
Emília