O trabalho da Secretaria de Saúde de Rio Preto na área de saúde mental ganhou o 8º Prêmio David Capistrano no 32º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosens), realizado em Rio Claro, nos dias 18, 19 e 20 de abril. Outro trabalho rio-pretense, sobre Atenção Farmacêutica, foi selecionado para apresentação na etapa nacional do congresso, assim como o trabalho premiado.
O congresso é realizado anualmente com o objetivo de promover debates, reflexões e encaminhamentos que envolvam a troca de experiências, diálogo e comunicação entre os 645 municípios paulistas. Nesta edição, o tema do congresso foi “30 anos de SUS: SUStentabilidade para garantia do Direito à Saúde – Aumento do financiamento federal e estadual”.
Dos 680 trabalhos inscritos, 120 foram selecionados para apresentação, dos quais 10 receberam prêmio, 10 receberam menção honrosa e outros 20 foram selecionados para serem apresentados na etapa nacional do congresso. Rio Preto enviou 11 trabalhos, dos quais 5 foram apresentados: “A Saúde Mental na Atenção Básica – um desafio possível”; “O uso de indicadores no monitoramento nos processos de assistência farmacêutica no município de São José do Rio Preto”, “Parcerias exitosas em saúde bucal – sorriso é coisa séria”, “Implantação de curso a distância para professores do Ensino Fundamental – uma estratégia intersetorial de combate à obesidade infantil” e “Promoção de integralidade dos cuidados para doenças crônicas transmissíveis e otimização de recursos públicos – uma parceria que deu certo”.
Os 40 melhores de todo o congresso serão publicados em livro, a ser distribuído na edição do ano que vem. Em julho deste ano, a Saúde também deverá representar o município, com a apresentação dos dois trabalhos, em Belém (PA), no Congresso de Secretarias Municipais (Conasens), entre os dias 25 e 27 de julho.
Conheça os trabalhos selecionados para o Conasens:
“A Saúde Mental na Atenção Básica – um desafio possível” – O município de São José do Rio Preto iniciou em 2014 a reorganização da gestão do cuidado em saúde mental, com uma proposição de trabalho transversal entre seus diferentes departamentos. As demandas de saúde mental da Atenção Básica foram inicialmente mapeadas e o diagnóstico apontou problemas, como alto consumo de psicotrópicos e o isolamento entre os serviços de saúde mental e falta de investimento em educação permanente e continuada. Para enfrentá-los, a gestão propôs as seguintes ações: projeto piloto de Grupo de Uso Racional de Medicação (GURA); matriciamento da Atenção Básica pelo Grupo de Interconsulta Psiquiatra (GIP); instituição do Grupo Condutor Municipal de Saúde Mental; promoção de educação permanente para toda a Rede de Atenção Psicossocial. A reestruturação dessa rede mostrou que a qualificação, a articulação e a educação permanente são respostas promissoras para as questões de saúde em geral e particularmente de saúde mental.
“O uso de indicadores no monitoramento nos processos de assistência farmacêutica no município de São José do Rio Preto” –Na Assistência Farmacêutica os resultados esperados são a garantia de acesso e o uso racional de medicamentos. Conduzir os serviços de saúde para estes objetivos pressupõe a necessidade de se estabelecer rotinas para a diminuição do erro, do desperdício e dos problemas de acesso aos medicamentos, permitindo relacionar custos e benefício. Em Rio Preto, a gestão da Assistência Farmacêutica está pautada na identificação dos processos necessários ao alcance dos objetivos propostos e do acompanhamento destes por meio do monitoramento de indicadores. Esse monitoramento permitiu identificar as falhas no desenvolvimento dos processos e realizar as correções necessárias, sendo especialmente útil na avaliação da capacidade de gestão e na manutenção do foco no que foi planejado.
Fonte: Folha Regional
Por Stella Maris Chebli
Parabéns! Tenho orgulho de ter participado como consultora da PNH desse processo da Saúde Mental nos seus inícios junto com Denise Doneda! Saudades dos companheiros de lá!