Muitos pesquisadores concluem que as doenças psíquicas são o mal do século 21, e falando dos males que afetam nossa saúde mental a ansiedade, depressão, transtorno bipolar entre outros estão comumente nos holofotes. Mas o que pouco se divulga, muitas vezes por tabu, é o impacto desse diagnóstico na vida do indivíduo, como isso afeta a vida em família, e até que ponto nós estamos vivendo em meio a uma onda de medicalização de proporções inimagináveis.
Falando primeiramente sobre o impacto do diagnóstico sob a vida do paciente, muitas vezes a pessoa que está passando por um transtorno psiquiátrico mostra sinais que servem de alerta àqueles que são mais próximos, porém, as vezes por vergonha, muitos sofrem por anos por não quererem ser vistos como “loucos”.
Outro assunto que entra em questão é como podemos ajudar um amigo ou parente que padece de quaisquer que seja o problema emocional. Nesse quesito, a estratégia em saúde familiar pode servir como grande apoiadora, pois ajuda tanto o paciente a entender que neste momento ele precisa aceitar os cuidados oferecidos a ele, e, também pode dar uma base à família para que os mesmos possam compreender melhor o que está acontecendo.
Por conta do vago conhecimento geral a respeito de doenças que afetam nossa psique, podemos perceber no que até agora foi explanado que para criar um contexto cada vez mais humano precisamos ter a postura de acolhimento, compreensão e extrema candura com esses pacientes, pois afinal, não temos como mensurar a dor e confusão que nosso próximo está passando. Mas, e o que podemos dizer a respeito da “onda” de males psicológicos que temos hoje?
Como já dito, ansiedade, depressão, bipolaridade, entre muitos outros termos da comunidade médica se tornaram comuns em nosso dia a dia. Mas até que ponto estamos usando esses sérios transtornos para justificar, ou, melhor dizendo, facilitar a nossa vida, entrando num mar de fármacos? Aí entramos no ponto principal para o tratamento efetivo de qualquer enfermidade, o diagnóstico certeiro. Mas, diferentemente de outras especialidades, para que isso ocorra na saúde mental, é preciso enxergar além do óbvio, precisamos escutar nosso paciente e sua família e dedicar nosso tempo para conhecer afundo cada indivíduo, antes de rotulá-los, medicá-los e chamar o próximo da fila.
Concluímos que podemos humanizar o tratamento de doenças de cunho psicológico tendo, primeiramente, uma postura de acolhimento, segundo, explanando à família e sociedade o que é, de fato, a doença psiquiátrica, terceiro, afirmando e, se necessário, reafirmando aos envolvidos que transtornos emocionais e mentais são tão sérios quanto enfermidades físicas; e por final, nos esforçando à realmente escutar e assim diagnosticar corretamente o paciente.
Fontes de pesquisa:
A CRUELDADE SIMBÓLICA DO DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO (E SIMILARES).
ARTICULANDO E FORTALECENDO PRÁTICAS E SABERES NA SAÚDE MENTAL E NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
CAFÉ FILOSÓFICO Medicalização fora de controle – vivemos uma epidemia de transtornos mentais?
Equipe Psique:
Alunas: Diane, Jéssica, Júlia e Stefani Fronza.