Terapia com animais leva conforto e alegria a crianças internadas no Hospital Abelardo Santos
A ala pediátrica do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), no distrito de Icoaraci, em Belém, recebeu na manhã desta quarta-feira (9) a visita de Alecrim, um cão Golden Retriever com Border Collie. A presença do animal fez Thassya Maria, 13 anos, chorar. “Fiquei muito emocionada, pois eu tenho um cachorro e estou com muita saudade dele”, disse a paciente.
A visita de Alecrim faz parte da Terapia Assistida por Animais (TAA), promovida pela Comissão de Humanização (CH) do HRAS, em parceria com o Batalhão de Ações com Cães (BAC), da Polícia Militar do Pará (PMPA). O principal objetivo é proporcionar momentos de conforto emocional aos pacientes pediátricos e seus familiares, aliviando o desconforto da internação hospitalar.
As crianças interagiram com o cão, sob a supervisão dos profissionais do BAC e do HRAS. “Confesso que foi emocionante ver a alegria dele ao brincar com o Alecrim. Senti que isso deu energia para ele e para mim, ajudando a seguir com a recuperação de forma mais leve, pois não é fácil”, disse Solange Cristina, mãe de Calebe Carvalho, 4 anos.
Humanização – A internação hospitalar é um processo desafiador, marcado pelo ambiente desconhecido e pela rotina de procedimentos médicos. Esse contexto pode gerar ansiedade e medo, interferir no desenvolvimento social e emocional das crianças, resultando em regressões comportamentais, como dificuldades em se alimentar ou dormir, e afetar o bem-estar psicológico em longo prazo.
Nesse sentido, a terapia com animais auxilia no alívio do estresse e da ansiedade, proporcionando conforto emocional aos pacientes. “Os animais transmitem amor e carinho, ajudando as crianças a esquecer, mesmo que por um momento, o ambiente hospitalar e o desconforto da internação, com um atendimento mais humanizado”, explicou Suzane Gonzaga, supervisora de Humanização do HRAS.
“Agradecemos a todos que integram o Batalhão de Ações com Cães da Polícia Militar em disponibilizar um tempo para fazer o bem e oferecer o que temos de melhor às crianças: acolhimento. Certamente, todas elas foram impactadas e levarão essa experiência não só para a rotina de tratamento, mas também após a alta, quando chegarem em suas casas recuperadas”, acrescentou a supervisora.